terça-feira, 30 de setembro de 2008

Compêndio de Instrumentos de Tortura e Execução na Idade Média Européia

Compêndio de Instrumentos de Tortura e Execução na Idade Média Européia





Por Cristine Vieira Vilarino









I - Instrumentos de Execução



1 - Espada, Machado e Cepo

A decapitação com a espada, entretenimento público, desde o início da Idade Média, é, ainda hoje, utilizada em alguns países do terceiro Mundo. Era necessária uma longa aprendizagem para aprender a manejar a espada com precisão, de modo a decepar a cabeça com um golpe só, coisa que a multidão muito apreciava, como um sinal da habilidade do carrasco.

Os executores mantinham-se "em forma" treinando com animais nos matadouros ou com espantalhos de cabeça de cabaça.

A decapitação, pena suave quando executada com habilidade, estava reservada exclusivamente a condenados nobres e importantes. Os plebeus eram executados de outras formas, que garantiam agonias mais prolongadas, das quais a mais freqüente e mais rápido era o enforcamento comum, no qual a vítima era erguida e lentamente estrangulada - ao contrário do enforcamento à inglesa, que faz tombar a vítima de certa altura com a corda ao pescoço, provocando ruptura das vértebras cervicais e da medula espinhal.

Distinção importante: o cepo só era usado em conjunto com o machado; nas decapitações com a espada, o condenado deveria manter-se ereto, enquanto o executor efetuava um movimento horizontal com a lâmina, ceifando o pescoço.



2 - O Garrote

Consistia o garrote em um poste de madeira provido de um colar de ferro ou, menos comum e eficientemente, de couro duro, e que se apertava progressivamente por meio de um parafuso. Havia duas versões essenciais deste instrumento:

a) a versão tipicamente espanhola, na qual apertando se o parafuso, fazia-se apertar a argola de ferro, matando a vítima por asfixia;
b) a versão catalã, no qual havia, na nuca do condenado, um punção de ferro, que, ao apertar-se o colar, penetrava e quebrava as vértebras cervicais, ao mesmo tempo que empurrava o pescoço para a frente, provocando o esmagamento da traquéia contra a argola, matando tanto por asfixia como pela destruição da medula espinhal ou do bulbo cerebral. A presença deste aguilhão não garante uma morte rápida; antes, pelo contrário. A agonia podia ser mais ou menos prolongada, dependendo do humor do carrasco.

O primeiro tipo foi usado na Espanha até a morte de Franco, em 1975, altura em que o rei Juan Carlos aboliu a pena capital.

O segundo tipo, usado até princípio deste século na Catalunha e na América Central, ainda é utilizado, em alguns países do Terceiro Mundo, como instrumento de tortura e execução.



3 - Emparedamento

O emparedamento, utilizado já no tempo dos romanos, para punir as vestais que perdiam sua virtude, dispensa qualquer explicação. A vítima era sepultada viva, morrendo, dependendo do local de confinamento, de sede e fome, ou simplesmente asfixiada.



4 - As Gaiolas Suspensas

Desde a Alta Idade Média até finais do séc. XVIII, as paisagens urbanas e suburbanas da Europa abundavam de gaiolas de ferro e madeira, no exterior de edifícios municipais, palácios de justiça, catedrais e muralhas de cidades, assim como penduradas em postes situados nas encruzilhadas de diversos caminhos ; freqüentemente havia várias gaiolas em fila, umas ao lado das outras.

Em Florença, Itália, havia dois locais reservados às gaiolas: um na esquina do Bargello, na Via Aguillara com a praça San Firenze, e o outro num poste fixado na colina de San Gaggio, passada a Porta Romana, junto à estrada para Siena. Em Veneza, tida como um dos prováveis locais de origem da gaiola celular, estas erguiam-se na Ponte dos Suspiros e nos muros do Arsenal.

As vítimas, nuas ou quase nuas, eram fechadas nas gaiolas suspensas, que não eram muito maiores que seus corpos; morriam de fome e sede, de mau tempo e frio no Inverno, de queimaduras e insolação no Verão e eram muitas vezes torturadas e mutiladas para melhor servir de exemplo. Os cadáveres em putrefação eram, na maior parte das vezes, deixados in situ, até o desfazimento do esqueleto.








5 - A Roda Para Despedaçar

A roda para despedaçar era, depois da forca, a forma mais comum de execução na Europa germânica, desde a Baixa Idade Média até princípios do séc. XVIII; na Europa latina e gálica, o despedaçamento era feito por meio de barras maciças de ferro e maças, em lugar da roda.

A vítima, nua, era esticada de barriga para cima na roda (ou no chão ou no patíbulo), com os membros estendidos ao máximo e atados a estacas ou anilhas de ferro. Por baixo dos pulsos, cotovelos, joelhos e quadris, colocavam-se atravessados suportes de madeira. O verdugo aplicava violentos golpes com a barra, destroçando todas as articulações e partindo os ossos, evitando dar golpes que pudessem ser mortais. Isso provocava, como é fácil imaginar-se, um verdadeiro paroxismo de dor, o que muito divertia a platéia1 .
Depois do despedaçamento, desatavam o condenado e entrelaçavam-lhe os membros com os raios da grande roda, deixando-o ali até que sobreviesse a morte, ao cabo de algumas horas, ou até dias.

Os corvos, outrossim, arrancavam pedaços de carne e vazavam os olhos até a chegada do último momento. Esta era a mais atroz e longa agonia prevista dentre todos os procedimentos de execução judicial.
Junto com a fogueira, o despedaçamento ou desmembramento era um dos espetáculos mais populares que tinham lugar nas praças da Europa. Multidões de plebeus e nobres deleitavam-se ao contemplar um bom despedaçamento, como comprovam várias gravuras da época.




6 - Submersão em Azeite

A submersão em azeite podia ser tanto uma forma de execução como de interrogatório, tanto judicial como extrajudicial. O prisioneiro, suspenso pelos braços no teto, era baixado, por meio de um sistema de corda e roldana, dentro de um caldeirão cheio de azeite em ebulição. Este suplício podia ser aplicado em conjunto com a estrapada (!) e quase que invariavelmente, provocava a morte da vítima; na melhor das hipóteses, deixava-a inválida para toda a vida.



7 - A Serra

A serra era outro meio de execução extremamente cruel, no qual a vítima, suspensa pelos pés, era serrada ao meio, de cima para baixo, a partir de entre as pernas. Esse tipo de execução podia ser levada a cabo com qualquer tipo de serra de lenhador utilizada a quatro mãos e de dentes grandes. A história conta que vários mártires - santos, religiosos, laicos - sofreram esse suplício, talvez pior que a cremação lenta ou a imersão em azeite fervente. Devido á posição invertida, que assegura a oxigenação do cérebro e impede a perda geral de sangue

o condenado não perde a consciência até que a serra alcançava o umbigo, ou, às vezes, até o peito.

A Bíblia conta-nos que o rei hebreu Davi exterminou os habitantes de Rabah e de todas as outras cidades amonitas , pelo método de por os homens, mulheres e crianças debaixo de serras, rastelos, machados de ferro e fornos de tijolos. Esta espécie de beneplácito, pouco menos que divino, contribuiu muito para a aceitação da serra, do machado, do rastelo como meio de execução por gente bem pensante da Igreja medieval.

A serra era aplicada freqüentemente a homossexuais de ambos os sexos, principalmente a homens. Na Espanha, a serra foi um meio de execução militar até meados do séc. XVIII, segundo várias referências, que não citam, todavia, um só caso concreto. Na Catalunha, durante a guerra da Independência (1808-1814), contra os exércitos de Napoleão, os guerrilheiros espanhóis submeteram dezenas de oficiais franceses e ingleses à serra, sem se preocupar muito com as alianças do momento. Na Alemanha, a serra estava reservada aos cabeças de movimentos rebeldes e na França, às bruxas "engravidadas por Satanás".



8 - Empalamento

Esta era uma forma particularmente cruel de execução, visto que a vítima agonizava por vários dias antes de morrer, demorando muito a ficar inconsciente. Era, ao que se tem notícia, usada desde a antigüidade; no séc. XVI, foi amplamente empregada pelos exércitos turcos que invadiam o leste da Europa.
O método era simples: deitava-se a vítima de bruços e enfiava-se-lhe no ânus, no umbigo - ou, talvez, tratando-se de uma mulher, na vagina - uma estaca suficientemente longa para transfixar o corpo no sentido longitudinal. Para que a estaca ficasse firme, era introduzida no corpo do condenado a golpes de marreta. Em seguida, simplesmente plantava-se a estaca no chão; a força da gravidade fazia o resto. O corpo simplesmente era puxado em direção ao solo, enquanto a estaca rasgava lentamente as entranhas, num processo que podia durar - dependendo da espessura da estaca e da capacidade de resistência da vítima - várias horas ou até dias.

Ainda mais terrível era o "empalamento ao contrário", tal coo era feito pelas tropas turcas de janízaros que invadiam o leste da Europa no século XV. Segundo este método, a vítima era suspensa pelos pés, o que impedia a hemorragia e facilitava a oxigenação do cérebro; assim sendo, o condenado demorava a perder os sentidos, permanecendo consciente durante a maior parte da operação.



9 - Cremação

A cremação ou vivicombustão é conhecida como a forma de execução utilizada em casos de bruxaria ou feitiçaria; na verdade, os romanos já a utilizavam para os parricidas e os traidores.

Na sua forma medieval, utilizada pela Inquisição, o condenado só era queimado vivo se se recusasse a abjurar, ou seja, renunciar aos erros que o haviam arrastado àquela situação; nesse caso, era estrangulado.

Para garantir que a vítima morresse verdadeiramente nas chamas, e não asfixiada com a fumaça, vestiam-na com uma camisola encharcada com enxofre.



10 - Mesa de Evisceramento

Este terrível suplício era levado a cabo em um aparelho especial, constante de uma mesa ou tábua sobre a qual havia uma roldana e um sistema de cordas e pequenos ganchos. O verdugo abria o ventre da vítima amarrada sobre a tábua, de maneira a não poder debater-se; em seguida, introduzia-lhe os ganchos na abertura, prendendo-os firmemente às entranhas do condenado. Ao manipular a roldana, as entranhas eram puxadas para fora, com a vítima ainda viva; esta era então abandonada e deixada para morrer neste estado. A morte demorava por horas ou até dias. Quanto mais tardasse - isto é, quanto mais o condenado sofresse, maior era considerada a habilidade do carrasco.





II - Instrumentos Letais de Tortura

Os instrumentos citados a seguir são aqueles que, embora servissem como instrumentos de interrogatório, podiam ser usados como instrumentos de execução - como por exemplo, a Dama de Ferro - ou provocavam na vítima tais traumas e lesões que acabavam por matá-la horas após sua aplicação. Por isso, só eram geralmente aplicados a condenados à morte, cuja execução deveria seguir-se sem demora; assim, obtinha-se a garantia de que as vítimas, ainda que gravemente feridas, não escapariam à aplicação da justiça.



1 - As Cunhas ou Borzeguim

Este era um dos suplícios mais dolorosos que se poderia imaginar. A vítima era amarrada e esticada no chão, com as pernas encerradas entre quatro pranchas de carvalho, das quais o par do lado externo era fixo, enquanto o interno era móvel. Introduzindo cunhas no espaço de separação entre as duas pranchas móveis, era possível esmagar as pernas da vitima contra a estrutura fixa da máquina.

Havia a tortura dita comum e a extraordinária; a diferença entre as duas era avaliada pela quantidade de cunhas cada vez mais espessas que eram cravadas na parte interna.

Este tipo de tortura, pelo fato de ser sempre - embora nem sempre imediatamente - fatal, só era administrada a condenados à morte que devessem ser executados sem demora.



2 - O Esmaga-Cabeças

Os esmaga-cabeças, instrumentos tipicamente medievais, compunham-se de um capacete e de uma barra na qual se colocava o queixo do torturado. Em seguida, por meio de um parafuso, ia-se apertando o capacete, comprimindo a cabeça do indivíduo de

encontro à base, no sentido vertical. O resultado era arrasador: primeiro destroçavam-se os alvéolos dentários; depois, as mandíbulas; e finalmente, caso a tortura não cessasse, os olhos saltavam das órbitas e o cérebro vazava pelo crânio fraturado.



3 - A Dama de Ferro

A história da tortura registra muitos instrumentos em forma de sarcófago antropomorfo com pregos em seu interior, que, ao fechar-se a porta, penetravam no corpo da vítima. O exemplo mais conhecido foi a chamada "donzela de ferro" de Nuremberg, exemplar do final do século XV, reprodução aperfeiçoada de exemplares mais antigos. O aparelho foi destruído quando Nuremberg foi bombardeada, em 1944.

É difícil separar a lenda dos fatos quando se fala de tal instrumento, pois restaram poucas descrições da época, e a maioria do material publicado baseia-se em investigações distorcidas do século XIX, opiniões fantasiosas e românticas e testemunhos não oculares e exagerados. Ao contrário do que se costuma afirmar, a Dama de Ferro raras vezes era usada numa execução intencional (embora, sem dúvida, o condenado pudesse, devido a um lamentável infortúnio, morrer asfixiado em seu interior).

A primeira referência confiável a uma execução com a Dama de Ferro reporta-se a 14 de Agosto de 1515, se bem que o instrumento já fose utilizado, comprovadamente, há uns dois séculos.

Nesse dia, um falsificador de moeda foi aí introduzido e as portas fechadas lentamente, pelo que as pontas afiadíssimas lhe penetraram nos braços, na barriga, e no peito, nas pernas em vários lugares, na bexiga, nos olhos, nos ombros e nas nádegas, mas não suficiente para o matar, e assim permaneceu a gritar e lamentar-se por vários dias, após os quais morreu.

É provável que os cravos fossem desmontáveis e de vários tamanhos, de modo que pudessem colocar-se em vários orifícios no interior do aparelho, tornando-se mais ou menos cutilantes, segundo as exigências da sentença.

A Dama de Ferro era aplicada aos autores de crimes contra o Estado, que não fossem de lesa-majestade, e também nos casos de mulheres adúlteras e de jovens ou viúvas que não mantivessem sua castidade. Era também usada como instrumento de interrogatório, em casos específicos de mulheres suspeitas de bruxaria ou comércio com as forças do Inferno. Nesse caso do interrogatório, era usada especialmente em mulheres, pois julgava-se que estas poderiam suportá-la melhor que outros métodos e por deixar poucas ou nenhuma marca visível, sendo, além disso, praticamente garantida a confissão da acusada.



4 - A Roda Vertical

Na roda vertical, que, como diz o nome, era erguida perpendicularmente em relação ao chão, o corpo da vítima era amarrado ao instrumento, o mais esticado possível. Em seguida a roda era girada, expondo o torturado, a cada volta, a pregos ou brasas ardentes colocados no chão, sob a máquina. O resultado final era o retalhamento lento ou queimaduras expostas por toda a superfície do corpo, que, conforme sua gravidade, poderiam levar à morte do torturado.


5 - Gaiola de Cravos

Atribui-se geralmente a invenção desse engenhoso instrumento à condessa húngara Elizabeth Báthory, que viveu no século XVI; todavia, existem registros de seu uso já no tempo dos romanos. Frise-se, porém, que não era um modo de interrogatório ou punição judicial, sendo utilizado apenas por certos indivíduos, isoladamente.

Basicamente, o engenho era uma gaiola cilíndrica de lâminas de ferro afiadas, cujo interior era guarnecido de pontas aguçadas de ferro. A vítima era trancada na gaiola e o torturador, armado de um archote, um ferro em brasa ou ainda de um ferro pontiagudo, começava a espetar ou atiçar o prisioneiro, que, em seus movimentos de recuo, ia chocar-se contra as pontas e lâminas da gaiola. O resultado final é fácil de imaginar-se.

Embora a maioria das gaiolas de cravos de que se tem notícia fossem colocadas diretamente sobre a terra, diz-se que a gaiola de Elizabeth Báthory (aperfeiçoada para que ela tomasse os famosos banhos de sangue que, segundo supunha, a manteriam sempre jovem e bela) era suspensa no teto; a condessa sentava-se abaixo dela e o sangue corria diretamente sobre seu corpo.



6 - O Cavalo de Estiramento

O estiramento, ou desmembramento causado por meio de tensão exercida longitudinalmente, já era usado no Antigo Egito e na Babilônia. Na Europa medieval - e após - o cavalo de estiramento constituía instrumento fundamental de qualquer masmorra respeitável, e isso até o desaparecimento da tortura, por volta do séc. XVII.
A vítima era deitada no aparelho, seus membros firmemente presos às extremidades e esticados pela força do cabrestante, existindo testemunhos antigos que falam de até 30 cm de distensão, o que é inconcebível; a distensão originada pelo deslocar e torcer de cada articulação dos braços e das pernas, do desmembramento da coluna vertebral e da destruição dos músculos das extremidades do tórax e do abdômen provocava um efeito mortal. No entanto, antes do abatimento final da vítima, e mesmo nas fases iniciais do interrogatório, era sofrido o deslocamento dos ombros, por causa do estiramento dos braços para trás e para cima, assim como uma dor intensa provocada pelo rompimento dos músculos e quaisquer fibras submetidas a uma tensão excessiva.

Com a continuação da tortura, os quadris, e os cotovelos começavam a desconjuntar-se, separando-se por fim, ruidosamente. Já nesta fase, a vítima, se escapava com vida do tormento, ficava aleijada para toda a vida. Depois de horas ou dias, no caso dos mais resistentes, as funções vitais simplesmente cessavam, uma após a outra.



III - Instrumentos de Interrogatório

Estes instrumentos diferenciam-se dos anteriormente citados por não provocarem ferimentos fatais - a menos que o verdugo assim o desejasse ou fosse extremamente inábil em sua utilização. Eram empregados, de forma geral nos interrogatórios judiciais e inquisitoriais, não se destinando a matar a vítima, que deveria ser mantida viva no interesse da instrução do processo.



1- As Aranhas Espanholas

As Aranhas eram ganchos de quatro pontas unidas em forma de tenaz, e constituíam ferramentas básicas no arsenal do verdugo. Serviam, frias ou quentes, para içar a vítima pelos pulsos, nádegas, ventre, seios ou tornozelos, enquanto as pontas enterravam-se lentamente na carne.

No processo dos Templários1 , no início do séc. XIV, as aranhas espanholas foram usadas, segundo testemunhas, para suspender os acusados pelos órgãos genitais, até que admitissem seus crimes.



2 - O Esmagador de Testas

O esmagador era uma faixa de ferro, algumas vezes com aguilhões no seu interior, que se colocava ao redor da testa da vítima, sendo então, progressivamente apertado, pelos parafusos situados em roscas laterais, provocando cortes e lacerações e podendo provocar fraturas cranianas fatais.

Este era um instrumento usado sobretudo em mulheres e quase nunca em homens.



3 - O Berço de Judas

Este procedimento apresentava variações, que eram usadas simultaneamente em toda a Idade Média. A mais simples consistia em suspender a vítima sobre uma espécie de pirâmide, sobre cuja ponta fazia-se baixar, com maior ou menor velocidade. O bico afiado da pirâmide, desta forma, atingia o ânus, a vagina, a base do saco escrotal, ou as últimas vértebras do cóccix. O carrasco, segundo as indicações dos interrogadores, podia variar a velocidade e a pressão, desde o nada até a totalidade do peso do corpo. Podia ainda sacudir a vítima, ou fazê-la cair, repetidas vezes sobre a ponta.

O Berço de Judas, em italiano Culla di Giuda, em alemão Judaswiege e em inglês Judas Cradle (ou simplesmente Cradle) era conhecido em francês como La Veille (A Vigília).



4 - Cadeira de Interrogatório

Muito simples: era uma cadeira de ferro com o assento e o encosto totalmente cobertos de pontas afiadas. Era um instrumento básico no arsenal dos inquisidores. A vítima, sempre nua, era colocada e amarrada na cadeira, cujas pontas produziam um efeito óbvio sobre sua força de vontade, que dispensa qualquer comentário. O tormento podia ser intensificado com sacudidelas e golpes nos braços e no tronco.

Além disso, havia outro modo de tornar este instrumento mais eficiente: como a cadeira era, na maior parte das vezes, de ferro (havia exemplares e madeira, nos quais apenas as pontas eram metálicas), havia ainda o requinte adicional de aquecê-la a um braseiro até que se transformasse em brasa.



5 - O Esmagador de Polegares
Simples e muito eficaz. O esmagamento dos nós e falanges dos dedos e a arrancamento das unhas estão entre as torturas mais antigas. Os resultados, em termos de relação entre a dor infligida, o esforço realizado e o tempo consumido são altamente satisfatórios do ponto de vista do torturador, sobretudo quando se carece de instrumentos complicados e dispendiosos.

O esmagador era basicamente constituído de duas ou três barras, que podiam ser apertadas por meio de um parafuso, lentamente, ou por meio de pancadas dadas em cunhas, de maneira mais brusca.



6 - A "Extensão"

A extensão é uma variante do cavalo de estiramento. Ao invés da distensão ser aplicada ao corpo no sentido longitudinal, é aplicada apenas aos braços do condenado, enquanto a corrente, enlaçando e esmagando o tórax, exerce uma pressão extra. A extensão é uma variante do cavalo de estiramento.







7 - A Escada de Estiramento

A chamada "escada de estiramento" era nada mais que uma simples escada de madeira, à qual se dava um uso a mais, o de instrumento de interrogatório. Foi usada no processo de Eischtadt, no qual uma velha foi acusada de bruxaria, em meados do séc. XV.

A vítima era deitada sobre a escada, tendo seus pés atados a um dos degraus; aos braços, igualmente atados, eram progressivamente puxados para trás, fosse por meio da força humana, fosse por meio de pesos cada vez maiores.

Se depois de tudo isso a vítima ainda se recusasse a confessar, estando paralisada e com os ombros destroçados, o tribunal era forçado a reconhecer sua inocência.

Esta tortura era largamente usada pelos inquisidores alemães.



8 - Potro

Este aparelho, muito engenhoso, era composto por uma prancha, sobre a qual era deitada a vítima. Esta prancha apresentava orifícios pelo quais se passavam cordas de cânhamo que arrochavam os antebraços, os braços as coxas, as panturrilhas, em suma, as partes mais carnudas dos membros da vítima. No decorrer da tortura, essas cordas eram progressivamente apertadas, por meio de manivelas nas laterais do aparelho. O efeito era o de um torniquete.

A legislação espanhola que regulamentava a tortura previa, no máximo, cinco voltas nas manivelas que apertavam as cordelas ao corpo. Isso visava a garantir que, caso fosse provada a inocência do réu, este não saísse da tortura com seqüelas irreversíveis. Porém, geralmente, os carrascos, incitados pelos interrogadores, davam até dez voltas na torção, o que fazia com que as cordas esmagassem a carne até o osso.







9 - Quebrador de Joelhos

Assemelhava-se, em ponto maior, ao esmagador de polegares: duas barras

destinadas a comprimir entre si, até o ponto de fraturá-los, os joelhos da vítima. A parte interior do aparelho podia conter pontas.

Geralmente, este aparelho era aplicado, após o que permitia-se à vítima uma noite ou algumas horas de descanso; no dia seguinte, estando as pernas do infeliz esmagadas e inflamadas, se não já quebradas

mesmo, repetia-se a tortura, que se tornava, assim, muito mais dolorosa e quase impossível de resistir-se.



10 - A Estrapada ou Polé

Uma tortura fundamental, que consistia na deslocação dos ombros, pelo movimento de içar violentamente a vítima, com os braços atados às costas, com o corpo suspenso.

A estrapada era um meio de extraordinária eficiência; como não provocava derramamento de sangue, o que era proibido pela Igreja a seus agentes, era largamente usado pelos inquisidores.

O aparelho era muito simples: compunha-se apenas de uma corda e de uma roldana. Os pulsos do condenado eram atados atrás das costas e ligados a uma corda, que, passando pela roldana, permitia que fosse içado no ar, pelo que as articulações dos ombros passavam a suportar a totalidade da massa corporal.
De imediato, as clavículas e as omoplatas se desarticulavam, o que provocava deformações que podiam ser irreversíveis. A agonia podia ser agravada por uma série de medidas adicionais:

a) podia-se içar a vítima até certa altura, deixando-a cair em seguida, mas sustando a queda antes que chegasse ao chão, o que provocava a imediata ruptura das articulações e por vezes fraturas ósseas;

b) a fim de aumentar o peso suportado, prendiam-se aos pés do condenado um lastro cada vez maior,

geralmente, até cinqüenta ou sessenta quilos, embora haja notícias de interrogatórios em que foram presos aos pés dos interrogados pesos de até setenta quilos, quase o peso do próprio corpo;

c) por vezes, enquanto o condenado se achava suspenso, podia-se queimar partes de seu corpo - notadamente as axilas, - com mechas ou archotes, como

no caso do interrogatório dos Papenheimers, na Baviera, no século XVI.



11 - Pêra Oral, Retal e Vaginal

Esses instrumentos em forma de pêra - daí o nome - eram colocados na boca, no reto ou na vagina da vítima, e ali eram abertos, por meio de um parafuso, até atingir sua total abertura. O interior da cavidade afetada ficava, invariavelmente, danificado, com efeitos muitas vezes irreversíveis. Por vezes, além da abertura exagerada, a pêra era dotada, na extremidade mais interna, de pontas em gancho, que destroçavam a garganta, o reto ou a raiz do útero, pois penetravam bastante fundo.

A pêra oral aplicava-se aos casos de predicadores hereges ou a criminosos laicos de tendências anti-ortodoxas. A pêra vaginal estava destinada a mulheres consideradas culpadas de conluios e acordos com Satanás ou quaisquer outras forças sobrenaturais (o processo das feiticeiras bascas1 , no qual foi utilizada, falava dos "espíritos dos mortos"), a adúlteras, homossexuais ou suspeitas de ter mantido relações com familiares; e por último, a retal destinava-se a homossexuais masculinos passivos.



12 - Tortura da Água

Havia duas maneiras de aplicar-se a tortura da água. A primeira delas consistia simplesmente em enfiar um trapo na boca da vítima amarrada e ir deitando água aos poucos no trapo, fazendo-o inchar, provocando sufocação; um bocado além da conta e o torturado afogava-se em terra seca.

A segunda versão, mais conhecida, é também chamada de "tortura das bilhas". A bilha era um recipiente de argila que continha cerca de um litro e meio de água. O carrasco introduzia na boca da vítima um funil de couro ou de chifre e despejava o conteúdo da bilha nesse funil.

Em ambas as versões, para que a tortura fosse eficiente, tapava-se o nariz do condenado, provocando-lhe asfixia.





13 - Agulhas e Estiletes Para Punções

Estes instrumentos eram utilizados pelos inquisidores para encontrar a "marca do Diabo", um sinal que o Demônio, segundo a crença, teria colocado no corpo de todos os seus seguidores. A marca do Diabo poderia ter a forma de uma mancha na pele, um pedaço de carne saliente, ou ainda (era mais conclusivo) de um mamilo anormal, onde se alimentariam os "acompanhantes", pequenos demônios em forma de animais domésticos (geralmente gatos ou sapos) que acompanhavam as bruxas. Mas a marca poderia também ser invisível aos olhos dos não iniciados; nesse caso, seria uma área insensível do corpo, que, além disso, não verteria sangue se ferida. Então, para descobrir-se tais marcas, espetava-se o corpo do suspeito com agulhas e estiletes especiais. Um calo, uma verruga, uma região tornada insensível pelo excesso de dor, era considerada uma prova irrefutável da culpabilidade.

Este método, diga-se de passagem, era aplicado por vezes de maneira irregular; os examinadores recorriam a velhacarias tais como lâminas retráteis, que não feriam a pele, não provocando, portanto, qualquer dor ou sangramento. A vítima, em contrapartida, não podia fingir dor ou sofrimento, pois permanecia vendada durante todo o exame. Os suspeitos não eram páreo para os inquisidores.



14 - As Garras de Gato

As garras eram instrumentos simples, semelhantes a grandes tridentes um pouco encurvados, ou antes, a rastelos. Eram utilizadas para escarnar o corpo dos prisioneiros, arrancando progressivamente a carne, até a exposição dos ossos.







IV - Instrumentos de Mutilação

Desde o Antigo Egito, e antes, a mutilação serviu como método eficaz de castigo para crimes menores, considerados não tão graves que merecessem a pena de morte, tais como furtos, danos à propriedade alheia, e às vezes - por incrível que possa parecer - estupros.

A mutilação, além de ter um efeito arrasador sobre os culpados, tanto física quanto moralmente, também era considerada um esplêndido método de prevenir a reincidência, visto que o criminoso ficava marcado como tal para o resto da vida, bastando às pessoas de bem lançar-lhe um olhar para estarem prevenidas acerca de seus atos ilícitos no passado. Geralmente, os condenados a ser mutilados recebiam a pena em público, a fim de servir de exemplo q quem quer que, por desespero ou inclinação, estivesse tentado a desobedecer a lei.



1 - Pinças e Tenazes

Pinças, tenazes e tesouras, usadas também frias, mas normalmente aquecidas ao rubro, adequadas para arrancar pedaços de carne do corpo das vítimas, constituíam utensílios básicos de qualquer verdugo. As tenazes destinavam-se geralmente - e de preferência em brasa - aos narizes, dedos das mão e dos pés e mamilos. As pinças, maiores, serviam para destroçar e queimar o pênis.

No decorrer da história da tortura, os órgãos genitais masculinos (ao contrário dos femininos) sempre gozaram de certa imunidade. Contudo, raramente, aconteciam casos de castração (arrancamento dos testículos) e de amputação do pênis. Estes castigos não se aplicavam, como seria de esperar, por violência contra a mulher, mas geralmente por conspiração ou tentativa de conspiração contra o príncipe ou governante local. A violação extra-conjugal, na Idade Média como hoje era raramente castigada; a violação conjugal sempre foi considerada exercício de direito por parte do marido, permanecendo sempre impune.



2 - Ferros de Marcar a Quente

Usavam-se para marcar alguns condenados, normalmente no ombro, mas outras vezes na face ou na testa. O delito cometido era expressado na marca, através de um código de letras facilmente reconhecível.



3 - Destroçador de Seios

Tratava-se de tenazes com quatro garras convergentes, capazes de transformar em massas disformes os seios de mulheres condenadas por heresias, blasfêmias, adultério, magia branca erótica, homossexualismo, aborto provocado, entre outros delitos. Para tal efeito, às vezes era utilizado apenas um gancho, aquecido ao rubro.



V - Instrumentos de Contenção

Tais instrumentos destinavam-se não propriamente a causar dor e sofrimento - embora esta fosse uma conseqüência secundária muitas vezes inevitável - mas a imobilizar os prisioneiros enquanto estavam a ser interrogados, ou simplesmente quando permaneciam em suas celas. É claro que a imobilidade constante e forçada podia consistir por si só em uma tortura bastante requintada.



1 - A Cegonha ou A Filha do Varredor

A cegonha consistia numa espécie de algema ou grilhão que quase unia os pés e as mãos do torturado, impedindo qualquer movimento. Ainda que pareça, à primeira vista, mais um meio de imobilização que de tortura, não mais terrível que milhares de outros artefatos semelhantes, a Cegonha provoca, depois de poucos minutos, fortes cãibras, primeiro nos músculos retais e abdominais, depois nos peitorais, cervicais e nas extremidades do corpo; cãibras que, com o passar das

horas, transformam-se em uma contínua e atroz agonia, sobretudo no abdome e no reto.

Em tal situação, a vítima pode ser maltratada, queimada, açoitada e mutilada, ao bel prazer de seus interrogadores.





2 - A Mordaça de Ferro

Esta invenção era muito útil na medida em que abafava os gritos e gemidos dos torturados, para não importunas os debates de seus interrogadores entre si. Compunha-se de um aro de ferro, no interior do qual havia uma protuberância chamada "caixa", a qual colocava-se na boca da vítima, fechando-se o aro metálico na nuca. Uma minúscula abertura permitia a entrada do ar; o que podia ser interrompido pela ação do verdugo. Uma simples pressão dedos poderia provocar a asfixia do condenado.

Freqüentemente os condenados ao tronco eram assim amordaçados; ou quando se tratava de autos-de-fé, para que seus gemidos não perturbassem a audição da música sacra que acompanhava esses autos.

Este instrumento era usado desde a época romana, mas na Idade Média foi aperfeiçoado, com a colocação de farpas na caixa, de maneira não só de silenciar, mas também de ferir. Giordano Bruno, um dos intelectuais mais brilhantes de sua época, foi queimado na Praça do Campo dei Fiori, em Roma, e, 1600. Tinha colocado um açaime de ferro com cravos, um dos quais lhe perfurava a língua e outro, o céu da boca.

A mordaça era usada tanto durante os interrogatórios como durante as execuções, ou simplesmente para calar ou punir os prisioneiros recalcitrantes.



3 - Pieti ou Cinturão de Santo Erasmo

Apesar do nome, este instrumento não era sempre um cinto, embora fosse esta a sua forma mais comum. Podia tomar tanto a forma de um cinto como a de uma túnica ou vestimenta, de malha de arame, com inúmeras pontas de ferro dirigidas para seu interior. Bastante apertado em volta da vítima, feria e destroçava a carne a cada pequeno movimento ou respiração. Depois, vinham a infecção, a putrefação e a gangrena. Por vezes, a fim de ampliar o sofrimento, eram colocados insetos ou vermes carnívoros nos ferimentos.


Segundo uma tradição do séc. XIV, este cinturão teria sido aplicado a uma jovem e bela senhora chamada Márcia Orsini, esposa de um rico nobre milanês, por um condontieri. O salteador havia raptado a dama, mas sendo contrário ao estupro, por princípios morais e escrúpulos religiosos, atou-a à cama e colocou-lhe o cinturão, deixando-a assim até que resolvesse entregar-se-lhe por vontade própria. Sabe-se que felizmente, o covil do bandido foi descoberto e assaltado pelos homens de armas do marido, e a dama foi posta em liberdade, ficando, finalmente, a salvo. Diga-se, porém, que não se sabe se o resgate foi anterior ou posterior à anuência da dama.



4 - A "Forquilha do Herege"

Era um colar de ferro cuja frente consistia em uma espécie de espeto duplo, com duas pontas que se encravavam no queixo e sobre o esterno da vítima, profundamente. A forquilha impedia qualquer movimento de cabeça, mas permitia que os condenados falassem em voz quase inaudível, durante as cerimônias de abjuração.





5 - Cinturão de Castidade

A função deste instrumento foi sempre mistificada, não só pelo povo, mas também pelo círculos acadêmicos. A opinião tradicional é que o cinturão de castidade se usava para garantir a fidelidade das esposas durante as ausências do marido, e sobretudo - uma convicção que em nada se aproxima da verdade, não havendo evidências que suportem tal idéia - para as mulheres dos cruzados que partiam para a Terra Santa.

Na verdade, ainda que a função primordial do aparelho fosse esta, tal constrição limitava-se sempre a breves períodos de tempo, como algumas horas ou, no máximo, dois ou três dias; jamais o cinturão era utilizado por períodos dilatados. Uma mulher "impedida" desta forma corria risco de vida, pelas infecções originadas por acumulações tóxicas prejudiciais ao organismo, e isso para não falar nas queimaduras e lacerações provocadas pelo contato contínuo do ferro com a pele ou a possibilidade de uma gravidez em curso.

Contudo, havia uma segunda utilidade para o cinturão, esta bem pouco mencionada: constituía-se numa barreira contra a violação. Uma barreira eficiente em ocasiões "perigosas", tais como o aquartelamento de soldados na cidade, ou a permanência em uma estalagem, durante a noite, em meio a uma viagem qualquer. Nestas ocasiões, eram as próprias mulheres as mentoras da idéia de colocar o referido cinto, segundo comprovam vários testemunhos.



6 - Cinturão de Contenção

Aplicava-se este cinturão á cintura da vítima, cujos pulsos eram presos pelas braçadeiras laterais. A pessoa assim imobilizada, podia ser submetida a quaisquer outras torturas ou abandonada à morte por fome, frio, sede ou infecções.







7 - Colar de Castigo com Um Peso
Muitas são as formas de acorrentar pessoas a pesos inumanos: argolas para o pescoço, pulsos e tornozelos; cinturões e colares variados. Há pouco mais a dizer. O prisioneiro deveria carregar estes pesos por meses, até anos; às vezes, a vida toda.

O colar com peso correspondia a uma argola de ferro passada em v volta do pescoço, à qual prendia-se um peso variável de cerca de dez a vinte quilos. Além do tremendo esforço em carregar semelhante conjunto, as queimaduras provocadas pela fricção em torno do pescoço e dos ombros causavam gangrena e infecções que podiam ser fatais.



8 - Armas Para Carcereiros

Estes instrumentos distinguiam-se das armas militares pela sua configuração,
inadequada para a guerra contra os inimigos protegidos com couraças e armaduras, mas próprios para controlar grupos de prisioneiros desarmados.

O agarra-pescoços era um aro com uma abertura, na extremidade de um bastão de cerca de dois metros de comprimento. Seu interior era provido de pontas aguçadas. Um preso que, em meio a uma multidão, procurasse fugir a um oficial de justiça era facilmente capturado. Uma vez preso o pes-

coço na armadilha, não restava outra alternativa senão seguir o captor sem resistência, sob pena de ter o pescoço perfurado e esfolado pelas pontas.



9 - Colar de Puas
Este colar, cujo interior era provido de picos afiados, colocava-se em torno do pescoço da vítima. Era freqüentemente usado coo meio de execução: pesando mais de cinco quilos, descarnava o pescoço, ombros e maxilares, provocando infecções febris e finalmente a corrosão dos ossos e das vértebras expostas, o que levava à morte em pouco tempo.

Tinha a grande vantagem de economizar tempo e dinheiro, pois, sendo um meio extático, não exigia qualquer esforço por parte do carrasco. Trabalhava por si só, dia e noite, não exigindo qualquer esforço de manutenção.



10 - Cavalete

Este é o mais famoso dos instrumentos de contenção, e um item fundamental no arsenal de qualquer torturador. Seu uso era variado: tanto servia para imobilizar as

vítimas durante a tortura ou mutilação como para expô-la em público como punição para crimes menores, insignificantes; como dormir na igreja, por exemplo.






11 - A "Cadeira das Bruxas"

Este aparelho, com a forma de uma cadeira com o assento inclinado, era usada durante os interrogatórios, principalmente pelos inquisidores, o que justifica seu nome. Nele, a vítima era pendurada pelos tornozelos, podendo então ser submetida a outras espécies de tormentos mais dolorosos. A posição invertida, além de impossibilitar os movimentos, provocava desorientação, e, caso fosse muito prolongada, poderia fazer o prisioneiro perder os sentidos.









VI - Instrumentos de Açoitamento

Esta é uma família toda especial dentre o arsenal dos instrumentos e tortura: a família dos açoites. É um grupo de instrumentos interessante e incrivelmente variado, a despeito da semelhança da forma. Os açoites ou chicotes podem ir desde o gigante "Gato de Nove Caudas" e o knut dos boiardos russos, que podia destroçar de um só golpe um braço ou ombro, até os mais finos e pérfidos, como o chicote egípcio, cujas finas tiras de couro eram entrelaçadas de laminas de ferro (ou de metais preciosos como ouro e prata) afiados como navalhas e que faziam o sangue correr no primeiro golpe. Particularmente interessante e digno de ser citado é o "Nervo de Boi", que com dois ou três golpes podia cortar a carne das nádegas até chegar à pélvis.

Dentre as punições menores, a flagelação era muito apreciada pelo público. O suplício era considerado sobretudo humilhante - e seus aplicadores faziam o possível para acentuar tal característica. Para a flagelação pública, o condenado, nu da cinta para cima, era amarrado às traseiras de uma carroça e assim arrastado pelas ruas até o pelourinho público, onde o executor aplicava-lhe as chicotadas ou varadas prescritas na sentença. A flagelação poderia também dar-se no interior das prisões; como método de interrogatório, era utilizado sobretudo em crianças que ainda não haviam atingido a puberdade, por ser considerado relativamente leve, a não ser que os juízes requeressem expressamente o emprego dos meios usuais.



1 - Chicotes de Correntes

Os chicotes de correntes mais pareciam armas de guerra que instrumentos de interrogatório judicial; no entanto, eram largamente usados. Eram todos mais ou menos similares e em grande variedade - com duas, três, até oito correntes - e providos de muitas "estrelas de ferro", lâminas cortantes nas pontas. Algumas correntes eram intercaladas com lâminas.



2 - A Cauda de Gato

A cauda de Gato era um chicote de cordas entrançadas que servia para esfolar a pele da vítima. As cordas eram embebidas numa solução de sal e enxofre, de maneira que, devido às características da fibra do cânhamo e dos efeitos do sal e do enxofre, para além das mais de cem lâminas de ferro afiadíssimas, cada uma delas colocada no final de cada corda, a carne ia sendo reduzida a uma polpa, até se encontrarem expostos os pulmões, os rins, o fígado e os intestinos. Durante esse procedimento, a zona afetada ia sendo coberta com a mesma solução, em ebulição.

















1Roland Villeneuve, Le Musée des Suplices, p. 233.

1 Processo dos Templários: processo inquisitorial no qual foram julgados todos os membros da Ordem religiosa e militar do Templo, acusados pelo rei da França, Filipe, o Belo, de feitiçaria e heresia.

1 Processos das feiticeiras bascas: caso ocorrido em 1603, no país basco, no qual dois juízes do Parlamento de Paris, senhores de Lancre e d'Estivet julgaram cerca de seiscentas pessoas acusadas de práticas de bruxaria e outros contatos com forças sobrenaturais, nomeadamente a invocação dos mortos.

fonte:http://www.geocities.com/adtenebras/compendio.htm

UM DIA PARA ALIVIAR O ESTRESSE


UM DIA PARA ALIVIAR O ESTRESSE

O estresse foi chamado pela ONU de “mal do século”. De acordo com Marilda Novaes Lipp, psicóloga especializada em estresse, pela PUC de Campinas, essa doença pode causar envelhecimento precoce, obesidade, anemia, baixa imunidade, aumento da freqüência cardíaca, tensão muscular, palidez, alterações do sono, alterações da digestão, disfunção sexual, dermatoses, quadros alérgicos, baixa resistência a infecções, queda de cabelo, e a lista continua. Os sinais psicológicos deixados pelo estresse podem ser: sensação de incompetência, desmotivação, mania de perseguição e diminuição da capacidade de concentração.
Embora sejam muitos os fatores causadores do estresse e da depressão, muitos de nós sofremos destes males, simplesmente porque deixamos de ler o nosso MANUAL DE INSTRUÇÕES. Você já comprou algum equipamento e, na ânsia de utilizá-lo, simplesmente ligou-o na tomada, queimando-o? Então, em seguida leu alguma coisa no manual do proprietário que dizia: “Leia isto antes”?
Nós também temos um manual de instruções do Construtor. Deus que idealizou a nossa criação, deixou Sua Palavra para nos instruir sobre como devemos agir para que a máquina do nosso corpo não entre em colapso. A Bíblia faz exatamente isto! Nela nós encontramos dicas de saúde, de alimentação, de comportamento e de convívio familiar. Encontramos, também, a dica de Deus do dia antiestresse.

O Dia Contra o Estresse

Quer saber que dia é esse, e por que ele é chamado assim? Deus criou o mundo com um ciclo semanal de 6x1, ou seja: seis dias de atividades e um dia de descanso, como está escrito em Gênesis 2:1 - 3: “Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há. No sétimo dia já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação.”

Pense e responda:

1) Que evento da natureza determina a duração de um dia?
Resposta: O movimento de Rotação da Terra, pois ela leva 24 horas para dar uma volta em torno do seu eixo.

2) O que determina a duração do ano?
Resposta: O movimento de Translação. O tempo que a Terra leva para dar uma volta em torno do Sol são 365 dias, ou seja, um ano.

3) Que evento natural determina a duração do mês?
Resposta: O ciclo lunar marcado pela trajetória da Lua em torno da Terra.

4) E qual o evento natural que determina a duração da semana?
Resposta: NENHUM. Entretanto, o ciclo semanal de sete dias é aceito em todo o mundo desde a antiguidade mesmo nos países não-cristãos.

Você não acha que isto é uma indicação de que foi Deus quem criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo? Foi Ele que estabeleceu a semana de sete dias, o Sábado para o descanso e sempre os conservou assim, porque “o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus”. Êxodo 20:10 – RA (Ver também Êxodo 31:13).

Quando Começa o Sábado?

Embora esta pareça uma pergunta boba, a primeira descoberta que faremos é que os dias não começam e terminam à meia-noite. Aliás, se fosse assim, como teria sido, quando ainda não existia relógio?

Na Bíblia descobrimos que o dia tinha as mesmas 24 horas, mas era dividido em duas partes de 12 horas sendo: 12 horas de claridade (por volta das seis horas da manhã até, aproximadamente, seis horas da tarde) e 12 horas de escuridão (por volta das seis horas da tarde às seis horas da manhã). Perceba que Jesus também usava esse tipo de contagem do tempo: “Respondeu Jesus: NÃO SÃO DOZE AS HORAS DO DIA?” João 11:9.

No livro de Gênesis, vemos que no princípio o dia era contado sempre a partir da tarde:
• “Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” Gênesis 1:5;
• “Houve tarde e manhã, o segundo dia.” Gênesis 1:8, etc.

E, Levítico 23:32 nos mostra que a contagem e celebração do Sábado deve ser feita do mesmo jeito: “ SÁBADO de descanso solene vos será; ENTÃO... DE UMA TARDE A OUTRA TARDE, CELEBRAREIS O VOSSO SÁBADO.” (Grifo acrescentado). Sendo assim, esta é a maneira correta de celebrar o Sábado: do pôr-do-sol de sexta-feira até o pôr-do-sol de “Sábado”.

Mas será que isso tem alguma importância, ou o que importa é separar um dia e pronto?

Bem, se o dia não fosse importante, por que Deus seria tão específico em determinar:
• O dia? Êxodo 31:17;
• A hora de começar e terminar? Levítico 23:32;
• O Sábado como um dos Dez Mandamentos? Êxodo 20:8-11.

VEJA SÓ QUE INCOERÊNCIA: hoje é comum começar a contar as horas de um novo dia, no meio da noite. Desta forma, assim como você diz “Boa tarde!” no meio do dia, você deve dizer “Bom dia!” a partir do primeiro minuto depois da meia noite. Não lhe parece estranho?
A mudança na maneira de contar os dias da semana (de meia-noite a meia-noite) dificultou muito a observância do quarto mandamento para aqueles que aceitam a maneira bíblica de contar o tempo. O dia de Sábado é um dia especial para recebermos as bênçãos de Deus, porque o próprio Deus o abençoou e santificou. De nenhum outro dia, se diz: “Santificou...” Gênesis 2:3.

O Que Fazer no Sábado?

O maior exemplo de como devemos aproveitar o Sábado vem do próprio Jesus. No sétimo dia, Ele:
• Fazia o bem a todas as pessoas: “... é lícito, nos sábados, fazer o bem.” Mateus 12:12 – RA.

• Visitava: “Certo sábado, entrando Jesus para comer na casa de um fariseu importante...” Lucas 14:1.

• Curava: “O dia em que Jesus havia feito lama e curado o homem da cegueira era um sábado.” João 9:14 – NTLH. Jesus realizou muitos outros milagres no Sábado. Veja alguns: a cura da sogra de Pedro (Marcos 1:21 e 29), a cura do paralítico (João 5:9) e do homem com a mão aleijada (Mateus 12:10).

• Passeava: “Naquela ocasião Jesus passou pelas lavouras de cereal no sábado. Seus discípulos estavam com fome e começaram a colher espigas para comê-las.” Mateus 12:1. (Colheram apenas para comer, igual a pegar frutas num pomar. Eles não estavam trabalhando).

O Que Não Fazer no Sábado?

Eu não gosto quando tiro um final de semana para passar com a família, e minha esposa gasta o tempo todo limpando, lavando e cozinhando. Se Deus tira um dia por semana para ficar conosco, precisamos também deixar de lado tudo que pode ser feito noutro dia da semana como, por exemplo, faxinas, consertos de casa, lavar o carro, ir ao supermercado, etc.

Deus se comunica conosco através da nossa mente. Ele sabia que precisaríamos de um dia para relaxar, para termos uma relação íntima com Ele. Deus sabia que a correria tomaria conta de nossa vida e que necessitaríamos de um dia para reabastecer nossas forças! Por isso, Ele separou o Sábado para estar conosco! “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” Marcos 2:27. Portanto, “obedeçam às leis a respeito do sábado; não cuidem dos seus próprios negócios no dia que para mim é sagrado. Considerem o sábado como um dia de festa, o dia santo do SENHOR que deve ser respeitado. Guardem o sábado, descansando em vez de trabalhar; ...nem fiquem conversando à toa. Se me obedecerem, eu serei uma fonte de alegria para vocês e farei com que vençam todas as dificuldades; e vocês serão felizes... ” Isaías 58:13 e 14 - NTLH.

Afinal de contas, por que Deus criou o Sábado? “O Sábado foi feito por causa do homem...” Marcos 2:27. Jesus afirmou que Deus pensou EM VOCÊ quando criou o Sábado. Desde o princípio, o que Ele queria era passar mais tempo conosco. O Senhor do Sábado convida você, hoje, para um momento especial com Ele, 24 horas de descanso sob Sua proteção. Qual a sua resposta a este convite?

[1] Citado por Lessa, Rubens. Revista Momentos de Alegria, Casa Publicadora Brasileira, Edição Única.

fonte:http://www.novotempo.org.br/estaescrito/eePalestrasResultado.asp?Id=2

A MATEMÁTICA DE DEUS

A MATEMÁTICA DE DEUS

Jesus e a Lei Na infância, sempre ouvi falar de Deus, com uma grande balança na mão, pesando os bons e maus atos que eu cometia. Mas, estudando a Bíblia, comecei a perceber que a matemática de Deus é diferente. Na matemática Divina, o sangue de Cristo sempre zera minhas dívidas - tudo muda de figura. No último capítulo, descobrimos que Jesus não desprezou a Lei, pois ela faz parte da vida dos que se convertem. Ele mesmo disse: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir”. Mateus 5:17. Jesus apenas mostrou aos homens o lugar que a Lei ocupa: o coração (João 14:15). E, ao obedecê-la, Ele mostrou como ela deve ser cumprida. Abolir os Dez Mandamentos seria permitir que as pessoas matem, roubem, adulterem e façam tudo mais que a Lei proíbe. Jesus jamais permitiria isso!A maioria dos cristãos não admite transgredir nove dos dez mandamentos da Lei de Deus. Todavia, o Decálogo não é formado por nove mandamentos e sim, dez. O mandamento que a maior parte das denominações cristãs não aceita é o quarto, que ordena a guarda do Sábado.Mas, se Jesus não aboliu a Lei, então, nos restam algumas perguntas:• O que fazer com o Sábado? • Ele ainda deve ser guardado? • Para quê? • Deus não aceitaria que eu guardasse apenas os outros nove mandamentos?24 Horas com DeusTudo o que Deus faz tem propósitos definidos. No princípio, Ele criou os elementos, o meio ambiente e as condições de vida, de forma ordenada. Cada detalhe da Criação tinha um papel definido. Então, “criou Deus o homem à sua imagem”. Gênesis 1:27. Deus formou o homem e a mulher. Imagine quantas coisas Adão e Eva tinham para perguntar ao Criador. Quanto tempo será que Deus dedicava aos dois? Diariamente, quando o Sol se escondia, o Criador se encontrava com Seus filhos (Gênesis 3:8).Entretanto, Deus queria mais! E, por isso, planejou passar um tempo especial com o ser humano (Gênesis 2:2; Êxodo 31:13; Ezequiel 20:12, 20). Seu desejo era gastar TEMPO com o primeiro casal PORQUE O TEMPO É A ESSÊNCIA DA VIDA. NA VERDADE, O TEMPO É A PRÓPRIA VIDA. Quer dizer ao seu filho de 4 anos que você o ama? Então dedique tempo a ele. Ao invés de apenas dizer: “Eu te amo!”, prove que o ama jogando bola e brincando de carrinho com ele. Quer dizer a sua esposa que você a ama? Dedique tempo a ela, só vocês dois. Não dá para entender uma declaração de amor de alguém que passa tanto tempo fora de casa a ponto de se tornar um hóspede.O Criador escolheu dedicar a coisa mais importante do mundo a nós, Seus filhos: Seu TEMPO. Para Deus, o Sábado não é um dia como os outros, mas um tempo especial para passar com Seus filhos. Ele sabia que o homem se esqueceria do Sábado. Por isso, o quarto mandamento, o mais esquecido, é também o único que começa com o apelo: “LEMBRA-TE do dia de sábado, para santificá-lo.” Êxodo 20:8 (Grifo acrescentado).Seria apenas esquecimento?Não. Existem alguns fatores que contribuem para que o quarto mandamento não seja guardado: a mudança do sábado para o domingo e a interpretação equivocada de alguns textos. Sobre a troca do dia de guarda, o profeta Daniel afirmou que um poder político e religioso mudaria a Lei de Deus: “... cuidará em mudar os tempos e a lei...” Daniel 7:25 – RA. Tal alteração se confirmou com as decisões romanas tomadas ao longo da história. Nas palavras de Johann Eck, um dos líderes da Igreja no século 16, “a igreja mudou o sábado para o domingo por sua própria autoridade, e para isso... não existe Escritura.” Se você comparar o Catecismo com os Dez Mandamentos em Êxodo 20:1-17, verá que o segundo mandamento foi tirado. O quarto, que ordena a observância do Sábado, foi trocado por “guardar domingos e festas”. E, para suprir a falta do segundo mandamento, o Catecismo dividiu o décimo em dois.Em relação aos textos mal interpretados, dois são os mais usados:• Efésios 2:15 - RA: “Aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças...” Neste texto, a lei chamada de “ordenanças” são as leis cerimoniais (páscoa, circuncisão, sacrifícios de animais, etc.), usadas por Deus para ensinar aos israelitas a gravidade do pecado e mostrar-lhes a necessidade de um Salvador. Leia Romanos 3:31 e veja que o mesmo escritor de Efésios disse que a Lei moral não é abolida pela fé.• Colossenses 2:14 e 16: “Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava DE ORDENANÇAS... removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz... Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou SÁBADOS.” “Sábado” significa “descanso”. Nos sete feriados religiosos anuais (Páscoa, Expiação, Tabernáculos, etc.), as pessoas descansavam e, por isso, tais dias também eram chamados “sábados”, mesmo caindo em diferentes dias da semana.Com a morte de Cristo, esses feriados que apontavam para o Seu sacrifício na cruz perderam a razão. Entretanto, para o próprio apóstolo Paulo, o SÁBADO SEMANAL permanece como um memorial do Criador (Atos 16:13; 17:2; 18:3, 4, 11).A Digital do CriadorDeus é organizado e perfeito. Sabendo que o ser humano estudaria a natureza, Ele escolheu o número 7 como símbolo da Sua perfeição e o deixou registrado na natureza, como evidências de que o sétimo dia da semana é Sua assinatura, Sua impressão digital deixada na Criação para que pudéssemos lembrar dEle “para sempre” (Gênesis 2:1-3; Êxodo 31:17 - RA).Conheça agora algumas curiosidades da presença do número 7 na Criação:• Ao criar a matéria, Deus usou uma espécie de “tijolinho” chamado átomo.Você sabia que a estrutura do átomo é formada por 7 camadas energéticas: k, l, m, n, o, p, q? • Mas o Universo não é feito só de átomos, pois se assim fosse, tudo seria apenas escuridão. Como solução para isso, Deus criou a luz, dando ao mundo claridade, calor e cores, tudo perfeito. Você sabia que a luz criada por Deus no primeiro dia (Gênesis 1:3) é formada por 7 cores monocromáticas?• Você sabia que, enquanto Deus, com Sua melodiosa voz, criava o mundo, os anjos cantavam (Jó 38:4 e 7)? Detalhe: a escala musical é baseada em 7 notas!Se Deus abolisse a observância do sétimo dia Ele estaria se contradizendo, pois destruiria o lembrete do Seu poder criador, Sua IMPRESSÃO DIGITAL (Êxodo 20:8-11 – comparar com Apocalipse 14:7). Você pode estar pensando: “A Lei é bastante lógica. Mas, e guardar o Sábado? Isso não faz sentido, pois as coisas mudaram. Estamos no século 21!”Entretanto, a Bíblia afirma que a matemática de Deus é diferente da matemática humana: “Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente.” Tiago 2:10.Isso significa que:• Enquanto na matemática humana, 10-1=9;• Na matemática divina, 10-1=0!Deus já sabia que a humanidade se esqueceria dEle como Criador e que Darwin apareceria tentando destruir as marcas da Sua criação. Por isso, Ele deixou na natureza evidências da Sua existência (Romanos 1:18-23). Podemos encontrar, por todos os lados, a impressão digital do Criador: o número 7, o Sábado, o sétimo dia.Embora homens tenham mudado o dia de guarda do sábado para o domingo, Deus adverte severamente os que mudarem a Bíblia: “E, se alguma pessoa tirar alguma coisa das palavras proféticas deste livro, Deus tirará delas as bênçãos descritas neste livro, isto é, a sua parte da fruta da árvore da vida e também a sua parte da Cidade Santa.”Apocalipse 22:19.Ao concluirmos, podemos dizer que o fato de guardar o Sábado não salvará ninguém, porque “pela graça sois salvos, por meio da fé, isto não vem de vós, é dom de Deus”. Efésios 2:8. A SALVAÇÃO foi e sempre será pela GRAÇA, mediante a FÉ. Entretanto, as obras são o resultado de termos sido salvos (Efésios 2:10) e, por isso, o Deus da graça quer ser adorado no dia especial que Ele determinou. Se alguém pensa que é ultrapassado guardar o sábado em pleno século 21, saiba que nunca foi tão atual, nem tão necessário lembrar que Deus é o Criador. Deus tem um convite muito especial ao homem pós-moderno: “...temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas” Apocalipse 14:7.Deus não só espera que guardemos o Sábado hoje, mas anuncia que aqueles que o fazem, continuarão pela eternidade: “E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor.” Isaías 66:23 – ARA.
(1) John Eck, Enchiridion of Commonplaces of John Eck Against Luther and Other Enemies of the Church, trad. F. L. Battles, 2a. ed. (Grand Rapids, Michigan: Calvin Theological Seminary, 1978), 8v, pág. 13.
Fonte:http://www.novotempo.org.br/estaescrito/eePalestrasResultado.asp?Id=3

Após tombo, Bovespa opera em forte alta; dólar vai caindo

Da RedaçãoEm São Paulo
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Texto atualizado às 13h38A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta nesta terça-feira, após ter amargado forte perda de 9,36% no pregão anterior e ter alcançado a maior baixa desde 1999.Por volta das 13h35, o Ibovespa, indicador das ações mais negociadas do Brasil, subia 4,17%, a 47.949,56 pontos (acompanhe gráfico da Bovespa com atualização constante).
Governo dos EUA recorre à tática de imprimir dinheiroBush diz que derrota no Congresso não é final do processo Análise: diante do perigo, Congresso acabará aprovando pacoteSem pacote, recessão pode se tornar mundial, dizem economistasBolsas asiáticas caem; Tóquio perde 4,12%Perdeu muito dinheiro com a crise? Saiba o que fazer Saiba acompanhar a cotação online das cotações O dólar comercial opera em queda, um dia depois de ter disparado 6% no pregão anterior e fechado em R$ 1,964. A moeda americana caía 2,09%, negociada a R$ 1,923 na venda (veja quadro com a cotação do dólar atualizada). Investidores analisam as conseqüências da decisão da segunda-feira (29) do Congresso dos Estados Unidos de rejeitar o pacote de socorro ao setor financeiro que havia sido apresentado pelo governo americano. Analistas procuram identificar quais são as alternativas para combater a crise. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou nesta terça-feira em discurso na televisão que a economia de seu país passa por um momento crítico e que é necessário agir com urgência para contornar a crise.Bush reafirmou que o plano envolve uma quantia significativa de dinheiro porque os problemas financeiros são significativos. Para reforçar o argumento, ele disse que as perdas na Bolsa devido ao impasse somaram cerca de US$ 1 trilhão, mais do que os US$ 700 bilhões que seriam usados pelo governo para salvar o mercado.A Europa criticou a decisão dos parlamentares americanos por meio da Comissão Européia e do seu comissário para o comércio, Peter Mandelson. As Bolsas da Ásia repercutiram os problemas dos EUA e fecharam em forte queda. Na Europa, os mercados abriram em baixa, mas depois reduziram suas perdas, tendo ficado positivo em alguns momentos. Duas medidas contribuíram para acalmar os investidores na Europa. O Banco Central Europeu injetou a quantia de 190 bilhões de euros em leilão semanal. E os governos de França, Bélgica e Luxemburgo anunciaram um resgate de 6,4 bilhões de euros ao banco Dexia. Ainda, a inflação na zona do euro recuou pelo segundo mês consecutivo. Por outro lado, a economia britânica ficou estagnada no segundo trimestre, segundo levantamento divulgado nesta terça. (Com informações de AFP, Efe e Reuters)
fonte:http://economia.uol.com.br/cotacoes/ultnot/2008/09/30/ult1918u1213.jhtm

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Famosos vão a eventos do iPhone em busca de telefone grátis

DIÓGENES MUNIZEditor de Informática da Folha OnlineFELIPE MAIAda Folha Online
Na esperança de levar para casa um iPhone 3G de graça, dezenas de famosos compareceram ontem (25) aos eventos das operadoras de telefonia móvel para o lançamento do produto da Apple no país. A Vivo realizou um coquetel seguido de jantar no shopping Iguatemi, enquanto a Claro convidou seus VIPs para comes e bebes no Terraço Daslu (ambos na zona sul de SP).
Algumas celebridades voltaram para casa falando no iPhone. Quem não teve a mesma sorte torceu o nariz.
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No foyer do Terraço Daslu, ficou difícil distinguir se o evento era de TVs de tela plana ou aparelhos celulares. Havia apenas quatro iPhones 3G disponíveis para "degustação" no ambiente --mesmo número de televisores. Entre segurar o aparelho e se servir de ravioli de mussarela de búfala, os presentes não hesitaram em ficar com a segunda opção. Na festa do Iguatemi, jornalistas e convidados se perguntavam se tinham acertado a festa: ou seja, se estavam naquela que daria celulares grátis.
Julia Moraes/Folha Imagem
Cantora Preta Gil compareceu à festa da operadora Vivo no shopping Iguatemi, em São Paulo, em busca de um brinde: iPhone 3G
Também ocorreram eventos do iPhone no Rio e em Brasília.
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"E eu lá preciso dessa p... [iPhone 3G]? O meu é esse daqui, ó", disse o apresentador global Chico Pinheiro, exibindo seu BlackBerry. Pinheiro foi um dos primeiros a ir embora do evento da Claro. O jornalista, que chegou a ser barrado na entrada da Daslu, procurou o presidente da operadora, João Cox, para um "desabafo".
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No shopping Iguatemi, a cantora Preta Gil dizia que este é o momento certo para ter um iPhone 3G --que custa, a partir de hoje, entre R$ 899 e R$ 2.599 no país. Ela estava com medo ter de comprar a versão anterior do aparelho e precisar desbloqueá-lo. Questionada sobre que modelo --de 8 Gbytes ou 16 Gbytes-- iria comprar, a cantora soltou uma gargalhada. "Comprar? A gente não é hipócrita, né?", disse, confiante no brinde após a festa. "Eu quero o G3", cravou, invertendo as letras da sigla 3G, que indica internet móvel em alta velocidade.
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Divulgação
Sacolas em riste, Cazé Peçanha, Sarah Oliveira e Marina Person posam para foto ao lado do presidente da Claro no Terraço Daslu
Funcionários e ex-funcionários da MTV compareceram em peso ao Terraço Daslu: Sarah Oliveira, Marina Person, Cazé Peçanha, Marco Bianchi, Lobão e Max Fivelinha circularam pela butique de luxo. "Espero que alguém me dê um [iPhone]. Sabe, eu não sou do grupo que pede. Jamais!", disse Fivelinha. "Só espero que não façam sorteio", ponderou o músico Lobão ao lado de Bianchi. O humorista rebateu, comparando o evento a outro tipo de confraternização. "Isso tá parecendo festa de criança, que tem aqueles balões grandes cheios de doce e fica todo mundo louco pra estourar e ganhar alguma coisa", analisou.
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Até meia-noite, no entanto, nada de iPhone para quem foi à Daslu. O burburinho era de que a organização daria o celular aos famosos depois do evento, para não interferir nas vendas que começariam ali mesmo. Questionado, o presidente da Claro desconversou. "Pode ter tido um ou dois famosos que ganharam o iPhone, mas essa não é a nossa prática", disse.
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Dizendo-se uma "macmaníaca", a cantora Zélia Duncan admitiu não ter conseguido esperar: ela usa um iPhone desbloqueado há "vários meses", assim como "a metade do Brasil". Ganhou o aparelho, da antiga geração, de um amigo e resolveu desbloquear. "Vou ganhar um iPhone 3G hoje, tudo indica", disse a artista, durante o coquetel no shopping Iguatemi --o aparelho viria mais tarde, "servido" entre os pratos do jantar.
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O tema do desbloqueio, entretanto, mostrou-se traumático para alguns artistas. Depois que o marido, Rodrigo Hilbert, contou que Fernanda Lima usa o celular para tirar fotos dos filhos e mandar por e-mail, a apresentadora se negou a dizer como conseguiu o telefone. "Não posso falar nada. Tenho medo de falar. Não sei nem se é algo ilegal. Pula essa [pergunta]", disse. Depois, mais calma, confessou ao pé de ouvido do repórter que comprou o celular em um site de leilões na internet.
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Divulgação
Presidente da Claro, João Cox, conversa com o apresentador Chico Pinheiro enquanto é observado pela arquiteta Bya Barros, na Daslu
O repórter Rafael Cortez, do programa "CQC", da Band, fez a linha "desencanado com a tecnologia". "Meu celular é f..., do tempo das cavernas", disse, mostrando um aparelho Nokia cheio de riscos. Comprou o primeiro computador apenas em março do ano passado, relata, mas agora não consegue "ficar em um lugar sem acesso à internet". E planeja usar mais produtos tecnológicos a partir da "evolução financeira" que está conseguindo agora no "CQC".
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Mesmo com ampla divulgação na mídia sobre as funcionalidades do iPhone e a iminência de ganhar um aparelho, participantes da festa do Iguatemi pareciam desconhecer as reais funções do celular. "Eu quero ver os Jetsons", animou-se a atriz Taís Araújo. "Como assim, os Jetsons?", questionou o repórter. "Você não lembra do desenho, em que eles viam as pessoas enquanto estavam conversando?", retrucou a artista, completando: "Me disseram que o aparelho tem uma câmera incrível." Não tem. A câmera do telefone da Apple registra imagens em 2.0 megapixels --resolução baixíssima perto dos concorrentes Samsung, Nokia e LG.
Felipe Maia/Folha Online
Rafael Cortez, do programa "CQC" (Band), exibe resignado seu velho celular durante festa de lançamento do iPhone 3G no Iguatemi
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Marqueteiros da Vivo e da Claro tiveram a mesma idéia para emplacar notinhas na imprensa: à meia-noite, entregaram um iPhone 3G àquele que seria o primeiro comprador oficial do produto no país. No evento da Claro, na Daslu, uma mulher subiu ao palco para receber o produto das mãos do apresentador Marcelo Tas. O anúncio da concorrente foi feito em uma loja real da Vivo, em outro shopping da zona Sul, o Cidade Jardim. O presidente da operadora, Roberto Lima, apareceu em um tablado improvisado para avisar que um médico ginecologista era o "primeiro comprador".
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Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u449138.shtml

Constatações

A taxa de analfabetismo dos brasileiros com mais de 15 anos caiu de 14,7% para 10%. Dos 14,1 milhões de analfabetos do país, 9 milhões eram negros e pardos e mais da metade residia no Nordeste
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/26/urbana2_0.asp
Renda menor
As conseqüências das desigualdades educacionais entre raças se refletem nos rendimentos médios dos negros e pardos. Os salários são 50% menores que os dos brancos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/26/urbana3_0.asp

Cura inexplicável pode levar à beatificação de João Paulo I

A cura sem explicações científicas de um homem que possuía um tumor maligno no estômago é um suposto milagre que poderá levar à beatificação do Papa João Paulo I, cujo aniversário de 30 anos de morte será celebrado neste próximo domingo. O homem, cuja cura ocorreu em 1992, chama-se Giuseppe Denora, tem atualmente 60 anos e é morador da cidade de Altamura, sudeste da Itália.
O encerramento da investigação pela diocese de Altamura, aberta no dia 14 de maio de 2007, está previsto para ocorrer antes do final do próximo mês de outubro. Após isso, os documentos serão transportados para o Vaticano para a Congregação para a Causa dos Santos, que após examiná-los, deverá definir sua validez canônica.
O caso de Denora chegou à postulação em 2003, entre as inúmeras cartas nas quais se contam as graças recebidas pela intercessão de Albino Luciani, o Papa João Paulo I.

Da Agência Globo
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/viver/nota.asp?materia=20080925194411&assunto=37&onde=Mundo

Aeroporto // Avião italiano faz pouso de emergência

Passageiros do vôo da empresa aérea Alitalia, que saiu de Roma, na Itália, com destino a Buenos Aires, na Argentina, tiveram que desembarcar ontem de madrugada no Recife. O avião apresentou um problema mecânico e o piloto foi obrigado a fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional do Recife. A bordo estavam 295 pessoas, entre passageiros e tripulantes. O piloto do Boeing 777-200, Mondini Umberto, disse que a aeronave perdeu força e precisava de manutenção.
Veja o vídeo aqui
A direção da Infraero acionou o plano de emergência. "Os bombeiros, a Defesa Civil, as emergências dos hospitais e o grupo de salvamento marítimo ficaram em alerta", disse a coordenadora de imprensa da Infraero, Solange Argenta. Os passageiros afirmaram que o vôo foi tranqüilo. A aeronave deveria chegar à Argentina às 6h30 de ontem. Por volta das 2h15, o avião pousou no Recife. Somente às 10h, oito horas depois do pouso, os passageiros foram levados em seis ônibus para hotéis em Boa Viagem e voltaram a embarcar, em outro avião, às 18h, para a Argentina. A companhia aérea Alitalia passa por uma grande crise financeira. Na última sexta-feira, a empresa cancelou 30 vôos, por motivos técnicos e suspendeu a única oferta de compra da empresa, feita por um consórcio de empresários.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/26/urbana7_0.asp

Poucos negros na universidade

Poucos negros na universidade
DESIGUALDADES // Segundo dados do IBGE, pouco adiantou a adoção do sistema de cotas raciais no território nacionalMirella Marques // Diariomirella.marques@diariodepernambuco.com.br
Aos 20 anos, a universitária Simone Bispo está matriculada no 1º período do curso de ciências ambientais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Dos 35 alunos da classe, apenas quatro são negros ou pardos. Para estar entre eles, Simone "ralou". Trocou um expediente de trabalho diário por uma bolsa de estudos numa escola particular. E assim tornou-se um dos poucos negros a assegurar vaga no ensino superior do país. A pernambucana representa a exceção dos números divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo o IBGE, as desigualdades de acesso entre brancos e negros às universidades aumentaram de 1997 a 2007. A região Nordeste apresenta os piores índices nacionais e Pernambuco segue a tendência regional. De acordo com o estudo, 58% dos brancos de 18 a 24 anos estão na faculdade. Contra 25% dos negros ou pardos. No Nordeste, os resultados são alarmantes. Apenas um em cada cinco estudantes negros oupardos cursam o ensino superior. O abismo racial observado no ano passado é superior ao registrado em 1997, quando um a cada dez brancos (9,6%) possuia nível superior completo. Essa proporção era de nada menos que um para cada 50 (2,2%) entre os de cor negra e parda. No estado, 10,1% dos brancos com mais de 25 anos têm diploma, contra 3,1% dos negros. Em Recife, a situação é um pouco melhor. Cerca de 16% dos brancos são formados contra 4,6% dos negros/pardos. "O que mais chama a atenção é que a situação do país continua a mesma por anos seguidos. A distância entre negros e brancos permanece igual ou pior", analisou o pesquisador José Luís Petruccelli, um dos responsáveis pelo estudo do IBGE. Conselheira de ONG crê que resultados surjam em 10 anosO pesquisador acredita que os números recentes põem em dúvida a eficácia das políticas afirmativas adotada por 60 instituições de ensino superior no Brasil. Entre elas a adoção do sistema de cotas. "A maioria dos estudantes do país estuda em faculdades particulares. E, se pegarmos os dados recentes, percebemos que a maioria dos jovens de baixa renda são negros. Então eles não têm condições de pagar mensalidades. Como as cotas nas universidades públicas são pequenas e o ProUni (programa federal que dá bolsas de estudos a alunos carentes) atinge uma parcela pequena, percebemos essa crescente disparidade entre negros e brancos", justificou Petruccelli. A conselheira da ONG pernambucana Observatório Negro, Ana Paula Maravalho, discorda. "Os resultados das cotas devem aparecer nos próximos dez anos. A primeira universidade a implantar o sistema no Brasil fez isso em 2003. Não é possível mudar um cenário de 200 anos de desigualdades raciais em menos de dez. Sem as cotas, a política universalista vai causar abismos entre brancos e negros ainda maiores. Em todos os setores da vida, não apenas na educação", opinou. Cotas - Não existem cotas raciais nas universidades pernambucanas. Tanto UFPE quanto Universidade de Pernambuco (UPE) oferecem benefícios apenas aos alunos oriundos da rede pública. Sejam eles de qualquer cor. Apesar dos apelos de alguns movimentos sociais, a pró-reitora acadêmica da UFPE, Ana Cabral, afirmou que a instituição não pensa em adotar cotas raciais. "A cor da pele, não necessariamente, diz a raça da pessoa. Quando incluimos os alunos de escolas públicas, através de bônus de 10% nas notas do vestibular, englobamos um universo maior de pessoas beneficiadas", explicou.
Ensino superior
Estudantes no ensino superior do Brasil 5,5 milhões;
Alunos nas universidades públicas1,1 milhão;
Beneficiados no programa federal ProUni100 mil;
Acesso por raçaBrasil (jovens de 18 a 24 anos)
58% dos brancos estão na universidade;
Só 25% dos pretos ou pardos estão matriculados no ensino superior Nordeste* (18 a 24 anos);
37% dos brancos estudam no ensino superior;
Apenas 17% dos pretos ou pardos estudam em universidade;
Concluintes - Pernambuco (pessoas formadas de 25 anos ou mais) 10,1% são brancos, 3,1% são pretos ou pardos; Região Metropolitana do Recife (pessoas formadas de 25 anos ou mais) 15,7% são brancos, 4,6% são pretos/pardos*; O percentual é o mais baixo do Brasil.
Fonte: IBGE/ Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/26/urbana1_0.asp

Êxito // Missão chinesa é lançada ao espaço

Êxito // Missão chinesa é lançada ao espaço
Pequim (EFE) - A nave espacial chinesa Shenzhou-7, com três astronautas a bordo - todos pilotos da Força Aérea com 42 anos - foi lançada ontem da base de Jiuquan, às 21h10 (10h10 de Brasília), iniciando a terceira missão tripulada do país. O lançamento indica o marco de ser a primeira viagem chinesa ao espaço, na qual os astronautas realizarão uma caminhada espacial fora da nave. O passeio, a cerca de 343 quilômetros de distância da Terra, transformará a China no terceiro país a conseguir a façanha, depois dos EUA e da URSS.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/26/mundo3_0.asp

Cientistas encontram "elo perdido" dos magnetares

Cientistas encontram "elo perdido" dos magnetares
ASTROFÍSICA // Observação dos corpos celestes com campo magnético altamente potentes ocorre pela primeira vez, embora tenham sido previstos
Madri (EFE) - Cientistas espanhóis encontraram na Via Láctea um estranho objeto que poderia ser o "elo perdido" dos magnetares, um grupo de estrelas de nêutrons jovens com um campo magnético muito intenso.O estudo, realizado por pesquisadores do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, analisa o comportamento "único" do objeto encontrado, que experimentou 40 erupções detectadas na categoria visível do espectro eletromagnético.No espectro eletromagnético deles foram detectadas 40 erupções. A atividade durou apenas três dias e pôde ser observada a partir de vários observatórios astronômicos.O pesquisador Alberto Castro Tirado explicou que os magnetares pertencem à categoria de estrelas de nêutrons ou pulsares (com massa original maior que a do Sol e fruto da explosão de uma supernova) e alguns se diferenciam por seu campo magnético.Os magnetares têm um campo magnético cem vezes superior ao resto e dez trilhões a mais que o ímã que se prende na geladeira.De acordo com a enciclopédia livre Wikipédia, os magnetares são estrelas de nêutrons com alto valor de campo magnético. Possui campo magnético estimado em 1 bilhão de teslas (unidade de medida de fluxo magnético). Tem como característica principal a alta emissão de raios X e raios gama.São objetos únicos, segundo o astrofísico Alberto Castro Tirado, com os campos magnéticos mais potentes do universo, mas inativos durante décadas, daí que poucos sejam poucos conhecidos.Além disso, uma de suas erupções pode emitir tanta energia quanto o Sol ao longo de mil anos.A família das estrelas de nêutrons está incompleta e, até agora, foi possível demonstrar que no extremo mais energético estão os magnetares, objetos jovens que, em alguns casos, são detectados por suas intensas e efêmeras emissões em raios gama.Magnetares mortos - No lado oposto, foram encontradas estrelas de nêutrons isoladas, objetos muito frágeis e velhos que emitem raios X com pouca intensidade, devendo existir milhões de magnetares mortos na galáxia.Embora alguns cientistas já tenham apontado umapossível evolução dos magnetares para uma velhice tranqüila e débil, nunca havia sido detectado um objeto que pudesse se encaixar entre os dois estágios e provar assim esta evolução.O comportamento do objeto encontrado confundiu em um primeiro momento, já que as primeiras observações pareciam indicar que se tratava de uma explosão de raios gama produzida pela morte de uma estrela de uma galáxia.No entanto, depois se comprovou que o objeto não só estava perto, na Via Láctea, mas também mostrava um comportamento diferente, afirmou o cientista.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/26/mundo7_0.asp

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Papa Pio VII

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Pio VII, O.S.B.

Papa da Igreja Católica

Ordem:
252º Papa
Início do Pontificado:
14 de Março de 1800
Fim do Pontificado:
20 de Agosto de 1823
Data da Coroação:
21 de Março de 1800
Predecessor:
Pio VI
Sucessor:
Leão XII
Data de Nascimento:
14 de Agosto de 1742
Local de Nascimento:
Cesena, Itália
Data de Falecimento:
20 de Agosto de 1823
Local de Falecimento:
Roma
Nome de baptismo:
Barnaba Chiaramonti
Nome religioso:
Dom Gregório Chiaramonti O.S.B.
Cargo à data da eleição:
Bispo de Ímola, Itália
Profissão Religiosa em:
1758
Ordenado Padre em:
21 de Setembro de 1765
Sagrado Bispo em:
21 de Dezembro de 1782
Criado Cardeal em:
14 de Fevereiro de 1785

Pio VII, nascido Barnaba Chiaramonti O.S.B. (Cesena 14 de Agosto de 1742 - Roma 20 de Agosto de 1823) foi Papa de 14 de Março de 1800 até à data da sua morte. Era Monge Beneditino, tendo tomado o nome de Dom Gregório Chiaramonti O.S.B..
Segundo os historiadores, com a morte do Papa Pio VI em pleno período da Revolução Francesa muitos julgariam que se sepultara para sempre o Pontificado. No entanto, desafiando a todas as expectativas negativas da sociedade da época, os cardeais reunidos em conclave para eleger o seu sucessor fizeram cumprir o que este deixara determinado: a reunião foi em Veneza e elegeu-se beneditino Chiaramonti, de 58 anos, natural de Cesena, dado como piedoso, confiável, sábio e afável.
Pio VII tornou-se memorável pela extrema destreza e sabedoria com que lutou contra Napoleão Bonaparte. Compreendeu Napoleão, inteligentemente, que era necessário para a França um retorno seguro para a religião. Com este propósito, em 1802 concertou com o Papa uma Concordata, prejudicial ao estado pontifício, pelos dolorosos "artigos orgânicos". Em 1804, Pio VII foi "convidado" a coroar Napoleão Imperador dos Franceses. Mas diante da soberba de Napoleão, foi este mesmo que se autocoroou Imperador, apesar da presença do Pontífice, que viajou até Paris na esperança de apagar os vestígios da impiedade revolucionária. Mas Napoleão não estava satisfeito em sua ironia e soberba. Ele pretendeu dominar a Igreja Católica como o fez com outros países: nomeou bispos, fez religiosos jurarem fidelidade à coroa e pretendeu manipular o próprio Papa, levando-o à aderir a sua política de alianças e de guerras. Ante a natural recusa de Pio VII, Napoleão ocupou os Estados Pontifícios, prendeu Pio VII e seu secretário, o hábil cardeal Consalvi. O Papa esteve aprisionado em Savona e depois em Fontainebleau, só podendo regressar a Roma em 1814. No congresso de Viena (1814-15), os Estados Papais foram restaurados.
Já em Roma, restabeleceu a Companhia de Jesus. Fortaleceu as alianças com os demais soberanos "restaurados" e vencedores que emergiram da campanha de Waterloo, intercedeu pelo povo francês que sofreu horrores com as guerras de seu antigo Imperador e apelou por uma "política de alianças" que amenizasse a fadiga que toda a Europa atravessou pelas guerras intempestivas e impedisse que outros "Napoleões" aparecessem e tomassem o poder. Faleceu em 20 de Agosto de 1823, após mais de vinte e três anos de um importante pontificado cheio de eventos. Os movimentos de independência da América do Sul coincidem com seu pontificado.

[editar] Brasão e Lema
Descrição: Escudo eclesiástico partido: o 1º de blau com um monte de três cômoros e uma cruz de dois braços atravessada da palavra PAX, em letras romanas, tudo de jalde – Armas da Ordem Beneditina; o 2º fendido de jalde e blau plenos, com uma banda de argente carregada de três cabeças de mouro vendadas de argente e postas no sentido da banda e esta atravessante sobre o fendido; Chefe de blau carregado de três estrelas de seis pontas, de jalde, postas 1 e 2 – armas dos Chiaramonti. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes. Timbre: a tiara papal de argente com três coroas de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.
Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. No 1º estão representadas as armas da Ordem Beneditina, na qual o pontífice era monge, sendo que seu campo de blau (azul) representa o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza; o monte de três cômeros representa o Calvário sobre o qual está a cruz, símbolo maior do cristianismo e a palavra PAX representa o objetivo da vida do monge beneditino, que é atingir a paz através da oração e do trabalho, sendo de jalde (ouro) simbolizam: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. Alguns heraldistas consideram que estas armas da Ordem de São Bento, no brasão papal, estão modificadas em suas cores, pois seriam originalmente de argente, com um monte de três cômeros de sinopla e com a cruz e a palavra PAX em sable. No 2º, os campos, por seus esmalte blau (azul) e metal jalde (ouro) têm os significados já acima descritos; a banda de argente (prata) traduz: inocência, castidade, pureza e eloqüência; as cabeças de mouro vendadas representa a necessidade de Evangelizar, levando a , a esperança e a caridade aos que ainda não receberam a luz do Evangelho, sendo de sable (negro) traduzem sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. O chefe é retirada das armas familiares do pontífice, oriundo da nobreza italiana. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro , relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, recorda, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa.

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Precedido porPio VI
Papa252.º
Sucedido porLeão XII
fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Pio_VII