sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Colégio Adventista recebe prêmio de voluntariado

Colégio Adventista recebe prêmio de voluntariado
Outubro 23, 2008 por mutiraodenatal

A Escola Adventista de Belo Jardim, interior de Pernambuco, recebeu o Selo de Escola Voluntária concedido pelo Instituto Brasil Voluntário, em parceria com Ministério da Educação e entidades como o CONSED, UNDIME e UNESCO. O selo reconhece e divulga ações e projetos de Voluntariado Educativo desenvolvidos por escolas de Educação Básica de todo o país.

O evento que permitiu à Escola Adventista de Belo Jardim receber o Selo foi uma feira de agasalhos promovida para atender comunidades pobres da cidade.

Toda a escola foi envolvida incluindo mães e funcionários da escola, tanto na arrecadação, como na separação das peças e organização do feirão. Após a divulgação na cidade com o programa de rádio e sedes comunitárias, o feirão ocorreu nas dependências da escola com a participação dos alunos. Foram arrecadadas e vendidas 2.300 peças de roupa ao valor de R$ 0,50. O valor foi revertido para a população carente da cidade.

Em três anos, o Selo Escola Voluntária já contemplou 20.548 escolas de todos os Estados brasileiros.

fonte: http://esperancanordeste.wordpress.com/

Índia: Resultado da violência deixa marcas em Orissa

Índia: Resultado da violência deixa marcas em Orissa
Milhares ainda desabrigados, alguns mantendo-se em esconderijos

September 29, 2008 Orissa, India

Megan Brauner/ANN

Dirigentes da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Índia relataram que pelo menos 27 adventistas foram mortos em vista da brutalidade anticristã que se desenvolveu na região oriental indiana de Orissa, no final de agosto. Tais líderes disseram que ocorrem ainda distúrbios violentos na área, a despeito de forças policiais patrulharem o Estado.

Choudampalli John, presidente da Igreja Adventista no oriente da Índia, relatou que não teve permissão de entrar nas áreas onde ocorreu a violência extremista. John também disse que alguns adventistas ainda estão em esconderijos nas selvas por temerem retribuição de outros refugiados em acampamentos do governo.

Outros líderes fizeram comentários sobre a gravidade da situação.

Paka Jesurathnam, dirigente adventista em Orissa, relatou que milhares de casas e três dúzias de templos adventistas foram possivelmente destruídos ou vandalizados.

"Avaliar a real perda de vidas e propriedades ... residências e locais de culto é impossível exatamente agora", declarou Jesurathnam. "Ouvir ... relatos pessoas fazem nossos nervos doerem e nosso sangue secar".

O Primeiro Ministro da Índia condenou a violência chamando-a uma "desgraça nacional", segundo reportagem publicada.

Possivelmente, segundo se calcula, uns 50.000 cristãos da região de Kandhamal, no Estado de Orissa, estão espalhados pelos sete acampamentos de refugiados dirigidos pelo governo e pela selva circundante, relatou a agência noticiosa Ecumenical News International.

Extremistas hindus foram acusados de decapitar um pastor adventista em agosto. Samuel Naik, pastor da Igreja Adventista de Phulwani, e sua mãe foram mortos durante a violência anticristã que dominou aquela região da Índia. Dirigentes da Igreja relataram que a esposa de Naik, que anteriormente se noticiou como tendo cometido suicídio, está ainda viva.

A onda de violência ocorreu após atacantes não-identificados matarem um líder religioso hindu e quatro outras pessoas. Os hindus estão acusando os cristãos pelas mortes, enquanto o governo indiano atribui o ocorrido a rebeldes maoístas.

fonte: http://news.adventist.org/data/2008/1222720930/index.html.pt

Senado discute projeto sobre proibição de concursos e vestibulares aos sábados

Senado discute projeto sobre proibição de concursos e vestibulares aos sábados

22/10/2008 - 07:14:47



A Comissão de Educação e Cultura do Senado faz hoje (22), às 10h, audiência pública para discutir projeto de lei que proíbe a realização, aos sábados, de vestibulares, concursos públicos e disciplinas curriculares da administração pública direta e indireta, autárquica e fundacional.

O objetivo da proposta é respeitar os adventistas do sétimo dia e os seguidores de outras religiões que, de acordo com seus preceitos, dedicam os sábados exclusivamente às atividades religiosas.

Foram convidados para o debate o presidente da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, Amaro Henrique Pessoa Lins; o diretor executivo da Confederação Israelita do Brasil, Luiz Sérgio Steinecke; o assessor jurídico da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, Daniel Avelino; o presidente da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil, José Marioni; e o assessor jurídico da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Alcides Coimbra.

fonte: http://www.clicabrasilia.com.br/portal/noticia.php?IdNoticia=75134

Professora russa testemunha descoberta de Deus na arte

Professora russa testemunha descoberta de Deus na arte

Intervenção de Natalia Fedorova Brovskaja

CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Uma professora russa testemunhou no Sínodo dos Bispos como a arte não só a levou a descobrir a Deus, mas também a experimentar seu amor.
Natalia Fedorova Brovskaja, professora da Universidade Estatal Russa de Humanidades e da Academia Russa de Belas Artes, ilustrou aos bispos o fecundo testemunho de leitura espiritual da Bíblia.

«Para mim, a arte cristã, especialmente os ícones russos e os quadros do Renascimento italiano, se converteu em um caminho para o espaço da vida de Deus», confessou.

«Nasci na União Soviética, o país do ateísmo de Estado. Nunca pensei em Deus e ninguém me falou dele, exceto as obras de arte, a música e a literatura».

«Hoje, ensino História da Arte. A principal pergunta que me proponho é que métodos e que concepção do ensino podem ajudar meus alunos a encontrarem o amor de Deus através de seus estudos», explicou.

«É evidente: encontrarão seu Pai só se eu for capaz de permanecer no âmbito de Sua Palavra. Mas como permanecer ali durante uma classe ou um seminário, quando se deve decidir sobre problemas profissionais concretos?», perguntou.

Respondeu oferecendo três pistas.

Em primeiro lugar, «acolher a obra de arte em nosso coração como uma oração do pintor. Ensinar a compreender que estamos imersos na atmosfera desta oração, como um sacerdote, para sua celebração litúrgica, está imerso na oração eterna de Cristo».

Em segundo lugar, sugeriu «contemplar a história da arte com atenção espiritual, tentando ler seu profundo simbolismo religioso. Penso que a Igreja teria de rezar constantemente por todos os professores e os historiadores da arte, porque a vida da arte no mundo é a história sagrada da misericórdia de Deus».

Em terceiro lugar, propôs «olhar a pessoa do artista à luz do amor de Deus. Vemos que com frequência a biografia do pintor é uma via crucis, e que o conteúdo da cruz consiste em seus pecados, erros e tentações, que infelizmente são demasiado notórios. Não todos os pintores viveram como Fra Angélico».

«Por que, apesar das obscuras circunstâncias de sua vida, souberam criar obras de alto valor espiritual?» O conceito deste fenômeno não é somente científico», declarou.

«É uma história da arte como história da Palavra de Deus, a história da salvação, para a qual a Palavra Eterna - Jesus Cristo - está disposta a sofrer, a ser crucificada e a morrer na alma de cada pintor, para fazer crescer seu talento, que foi criado pelo Pai como linguagem de seu Filho predileto».

Quando se encontra Jesus no cinema

Quando se encontra Jesus no cinema

Reflexões de Dom Vigano, diretor de Ente dello Spettacolo


Por Carmen Villa

TRENTO, segunda-feira, 20 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Também se encontra Jesus no cinema, afirmou Dom Dario E Vigano, diretor de Ente dello Spettacolo e do instituto pastoral Redemptor Hominis, da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, em uma palestra dentro da Religion Today Filmfestival, que se leva a cabo de 16 a 31 de outubro na cidade de Trento (Itália) sobre o tema «A palavra se fez filme».

Nesta análise, publicada pelo jornal L'Osservatore Romano em 17 de outubro passado, o autor realizou um percurso dos diferentes filmes que mostram a presença de Jesus nos telões, começando por A Paixão de Cristo (1905) de Ferdinand Zecca e El Christus, de Giulio Antamoro, até as mais recentes produções de Hollywood.

Sobre as dificuldades que entranha a passagem do texto bíblico ao texto audiovisual, Dom Vigano assinalou a diferença entre «tradução interlingüística e intralingüística». A primeira consiste em transferir a uma língua um texto originalmente escrito em outro idioma. A segunda, que é a que ocorre quando se passa do texto original ao roteiro audiovisual, refere-se ao processo arriscado mas necessário do desenvolvimento, por causa da diacronia dos textos.

O autor fez alusão ao lingüista russo Roman Jakobson: «a tradução intersemiótica, ou seja, a transmutação consiste na interação dos sinais lingüísticos por meio de sistema de sinais não-lingüísticos», para assim construir o mapa de critérios de avaliação de muitas adaptações audiovisuais do texto sagrado.

«Quem traduz é principalmente um intérprete e o resultado, a tradução verdadeira e própria, não é nunca uma coisa idêntica ao original», diz Jakobson. E assegura que traduzir significa reinterpretar a mesma modalidade de representar a realidade, considerar a paisagem cultural na qual os diferentes textos, o original e o conclusivo, se geraram.

Assim, diz Vigano, falar de fidelidade significa pôr o discurso sobretudo no interior de um processo dinâmico e complexo que se move continuamente entre dois pólos: o texto original e a novidade da adaptação.

Com a adaptação da Bíblia ao cinema se deve «construir referências, ocasionar aberturas, desgarros que permitem manter a atenção do espectador, de ir além dos sinais» e criticou o sinal idolátrico pelo qual a adaptação textual se torna incapaz de fazer referência ao original, que é de Deus.

O autor citou a Instrumentum laboris, da XII Assembléia geral ordinária do Sínodo dos Bispos: «Não se deve esquecer que o bom uso dos meios de comunicação requer um sério empenho e capacidade da parte dos operadores pastorais. É necessário integrar a própria mensagem na ‘nova cultura’ criada pela comunicação moderna, com novas linguagens, novas técnicas e novas atitudes psicológicas».

O autor falou também de como os filmes bíblicos são o único ponto de contato com as Sagradas Escrituras que muitas pessoas têm, como os analfabetos ou quem não tem o costume de ler nem escutar a Palavra de Deus.
fonte: Zenit.org

Weigel: não há nada comparado à teologia do corpo

Weigel: não há nada comparado à teologia do corpo

Em contraste com a visão atual de «sexo como esporte»


Por Robert F. Conkling

BALTIMORE: terça-feira, 21 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Os ensinamentos sobre a teologia do corpo de João Paulo II oferecem uma visão curativa da sexualidade humana, com a qual a cultura hoje dominante não pode estar de acordo, afirma o autor e pensador católico norte-americano George Weigel no discurso de abertura da 77ª Conferência Educativa Anual da Associação Médica Católica sobre a aplicação da teologia do corpo de João Paulo II à prática da medicina.

Os 306 médicos e 18 estudantes de Medicina se reuniram de 9 a 12 de outubro em Baltimore (Maryland, EUA) para refletir sobre o tema «Teologia do Corpo: Desafios Modernos à Saúde, à Consciência e à Dignidade Humana».

A conferência anual, que se celebrou sob a proteção da mulher, mãe e médica italiana Santa Gianna Beretta Molla, começou com uma Missa presidida pelo cardeal William Keeler, arcebispo emérito de Baltimore. O arcebispo Dom Edwin O'Brien, que atualmente está à frente da sede episcopal desta cidade americana, presidiu por sua vez a missa de encerramento.

Weigel, autor da biografia do Papa João Paulo II, «Testemunha de Esperança», afirmou que o século XXI se caracteriza pela questão do ser ou do nada: «estamos sendo testemunhas de um novo gnosticismo, no qual se crê que o mundo material, inclusive o corpo humano, é totalmente maleável e modificável».

Este novo gnosticismo, observa, sustenta que «tudo o que pode ser modificado deverá sê-lo», e que esta tendência se nota sobretudo no campo da sexualidade humana.

Quando neste campo nada se considera como um dom, chega-se a uma «ditadura do relativismo», afirmou o autor, citando o discurso do então cardeal Joseph Ratzinger no conclave que traçou sua eleição como Bento XVI.

Colisão de verdades

Quando «minha verdade e tua verdade colidem», afirmou Weigel, estas realidades irreconciliáveis se resolvem através do poder coercitivo do Estado.

O escritor pôs esta visão da «sexualidade convertida em um esporte» em contraste com os ensinamentos de João Paulo II em sua teologia do corpo, sobre a qual o falecido Pontífice já estava trabalhando durante o conclave que o levou a ser eleito Papa.

A resposta cristã a este novo gnosticismo se encontra na «teologia do corpo», declarou Weigel, que oferece uma visão ampla da história bíblica presente no livro do Gêneses.

João Paulo II, explicou, contemplava o início, quando Deus chamou o primeiro homem à vida, e depois a primeira mulher. O Papa havia descoberto que antes do pecado original existiam a solidão original do primeiro homem (Adão), a unidade original do homem com a mulher (Eva) e de ambos com Deus, e a original nudez sem malícia.

Juntos descobriram o amor de Deus através de um dom livre de si mesmos, e da abertura à fertilidade, acrescentou. João Paulo II considerava que a unidade original de Adão e Eva – e de ambos com Deus – se rompeu quando estes se utilizaram reciprocamente ao invés de doar-se livremente um ao outro.

O dom de si no santo matrimônio, com a plena abertura do corpo do homem ao corpo da mulher, é um ícone do amor de Deus, observa Weigel.

Segundo ele, este ensinamento novo, agora disponível para toda a Igreja Católica, desde os escritos originais de João Paulo II às publicações de outros autores, oferece à cultura dominante, que considera o sexo como um esporte, uma visão curativa que não tem comparação com nada do que esta cultura possa oferecer.

Aumenta êxodo de cristãos no norte do Iraque

Aumenta êxodo de cristãos no norte do Iraque

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 21 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O êxodo dos cristãos do norte do Iraque continua crescendo devido aos ataques à Igreja local, segundo informa a Rádio Vaticano.
O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas assegurou que seriam 1.560 as famílias que deixaram a cidade de Mosul na última semana, enquanto os evacuados seriam cerca de 9.400 pessoas.

Segundo uma nota distribuída pelas autoridades locais, este número representa quase a metade de toda a comunidade cristã da cidade.

Atualmente, milhares de homens, mulheres e crianças precisam de comida, roupa e material de saúde, afirma a rádio pontifícia.

«A perseguição dos cristãos tem também um valor altamente simbólico», explica Dom Raymond Moussalli, vigário do episcopado caldeu na Jordânia. O prelado também se ocupa dos refugiados cristãos iraquianos no reino Hachemita.

O prelado adverte com preocupação: «Estamos assistindo a uma verdadeira guerra contra os cristãos; é necessário perceber isso antes que seja tarde demais. Um Iraque sem cristãos seria um país mais pobre e isso terá repercussões negativas sobre os cristãos de todo o Oriente Médio».

Continua, enquanto isso, a operação da polícia em Mosul para colocar fim aos ataques.

Realizaram-se 10 detenções nas últimas 24 horas. No domingo passado o ministro de defesa iraquiano, Abdul Qader al-Ubeidi, definiu os ataques aos cristãos como uma «campanha organizada de ameaças».

Jovens pedem a Conselho da Europa que defenda vida e raízes cristãs

Jovens pedem a Conselho da Europa que defenda vida e raízes cristãs

Por Antonio Gaspari

ESTRASBURGO, quinta-feira, 23 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Trezentos ganhadores do concurso europeu organizado pelo Movimento pela Vida (MpV) italiano, em colaboração com o Foro das famílias, sobre o tema "Europa e direitos humanos. Nós, jovens protagonistas", reuniram-se nesta quarta-feira no hemiciclo do Conselho da Europa para debater e votar sobre um documento que será enviado a todos os parlamentares europeus e a todas as escolas italianas.Os reunidos debateram e votaram emendas a um documento que, em nome da grandeza cultural e civil da Europa, rejeita o aborto, a destruição de embriões, a eutanásia, e pede o reconhecimento das raízes cristãs para defender a liberdade religiosa e impedir a perseguição dos crentes.

O documento final sublinha que "cada vida é digna de existir e tem sempre o valor máximo" e "tem direito a ela cada ser vivo da espécie humana, qualquer que seja sua idade, sua saúde, riqueza, condição social, nacionalidade".

No documento se sublinha a importância do respeito e da promoção dos direitos humanos e se denuncia a contradição de uma Europa que, ainda tendo idealizado e promovido os direitos humanos, permite "o aborto amplo, o uso destrutivo de embriões humanos com fins experimentais, a eutanásia admitida em alguns países".

Os jovens pedem, portanto, "o reconhecimento do direito à vida desde a concepção até a morte natural", como conseqüência racional da doutrina dos direitos humanos.

Após agradecer a Europa pela promoção da paz e da democracia em todo o mundo, o documento sublinha a necessidade de pedir à ONU uma moratória universal na execução das condenações à morte.

Neste sentido, os jovens denunciaram o aborto como condenação à morte de crianças concebidas e ainda não nascidas, e rejeitaram a ideologia que queria inclusive contemplar "o aborto como direito humano fundamental".

Sobre o enorme desenvolvimento científico, os jovens propõem incentivar a pesquisa com bolsas e postos de trabalho, mas definem como contraditória e contrária aos direitos humanos a opção européia de destinar fundos comunitários à destruição de embriões humanos para obter células-tronco.

Também porque – diz o documento – "podem obter resultados terapêuticos mais rápidos e eficazes utilizando células-tronco de tecidos adultos".

No documento se pede também o apoio ao gênio feminino e políticas de ajuda e assistência especial para mães e crianças.

Com relação à família e ao casamento, o documento aprovado pede medidas de caráter cultural, econômico e social para consolidar, sustentar e promover o laço familiar e natural entre homem e mulher.

Concluindo, o documento defende a liberdade religiosa e pede à União Européia que faça sentir sua voz de maneira mais forte em defender "a liberdade de todas as religiões" e em especial preservar as próprias raízes, a cultura e a civilização cristãs.
fonte:Zenit.org

Encontro da verdade com a beleza, face gratificante da arte

Em foco

--------------------------------------------------------------------------------

Encontro da verdade com a beleza, face gratificante da arte

Patriarca de Lisboa falou sobre sua trajetória como leitor


Por Alexandre Ribeiro

LISBOA, quinta-feira, 23 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, confessou que vivenciar o encontro da verdade com a beleza, por meio da arte, «proporcionou uma das páginas mais gratificantes» da sua caminhada.

D. José Policarpo proferiu essa terça-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, uma conferência intitulada «Literatura e o drama da Palavra», onde falou de sua trajetória como leitor e da importância da literatura na formação humana.

Na literatura, «confrontei-me com questões fundamentais sobre o sentido da vida, entre as quais a da existência de Deus ganhou uma centralidade inevitável, porque decisiva», afirmou o cardeal.

Após destacar leituras em diferentes campos da literatura, D. José recordou que chegou um momento em que ele procurou «narrativas de experiências espirituais, em que a busca do absoluto fosse o centro do enredo, o rosto do drama e a resposta de salvação».

«Eu precisava de escutar aqueles e aquelas que viveram um drama semelhante ao meu e que através de todas as palavras, buscavam a Palavra», confessou.

«Já não me lembro por onde comecei, mas guardo no meu coração aqueles e aquelas que se tornaram meus irmãos, companheiros fortes na aventura da descoberta da vida.»

«Agostinho de Hipona, nas suas “Confissões”, Teresa de Lisieux, na “História de uma alma”, Isabel da Trindade, Charles Foucault, sobretudo através da pena de René Voyaume e, já mais tarde, Edith Stein, que me ajudou a fazer a reconciliação entre a Filosofia e a Fé», afirmou o cardeal.

«Eram textos fortes, de grande qualidade literária, que sublinhavam a centralidade envolvente do amor e me revelavam corações inquietos na busca da luz definitiva.»

D. José falou que, «se no Céu houver notícia do que se passa conosco que ainda peregrinamos neste mundo, Teresa de Lisieux, “la petite Thèrése” sabe a influência decisiva que teve na minha vida».

Segundo o cardeal, neste tempo em que ele tentou «construir a narrativa da minha vida através das narrativas desses autores, procurei completar as intuições mais belas com a beleza da poesia».

«Descobri que a beleza pode exprimir o drama e a densidade da existência e que a etapa final da nossa caminhada é sempre a atração da beleza.»

D. José Policarpo cita «alguns desses poetas que visitei e a quem procurei escutar»: Antero de Quental, Florbela Espanca, José Régio, Fernando Pessoa, Sofia de Mello Breyner, Miguel Torga.

«Percebi que tantas vezes o poeta, na sua palavra, se transcende a si mesmo, exprimindo o recôndito do que não quer ser, mas deseja ser.»

«Todos eles, crentes ou descrentes, acabam por tocar pontos altos da sua poesia na evocação do sagrado, sobretudo na beleza com que cantam Maria, a Mãe de Jesus», afirmou.

«Acabei por vir a tocar, pessoalmente, esta experiência de, na nossa palavra, nos transcendermos a nós mesmos, o que nos põe o problema de saber onde está a nossa verdade, no que já somos, ou no que desejamos ser.»

«Tocar de perto este encontro da verdade com a beleza proporcionou uma das páginas mais gratificantes da minha caminhada, o contato com a arte», confessa.

«Fiz esta experiência de leitor de uma forma viva e apaixonada. E quando, de memória, recordo algum desses textos lidos, não tenho a certeza do que recordo mais: se o que o autor me disse, ou o que eu percebi de mim mesmo e do meu caminho lendo esse texto.»

«É por isso que é apaixonante revisitar, de vez em quando, esses textos marcantes, que foram na nossa vida, marcos perenes na busca de um ideal», afirmou.

Segundo o patriarca de Lisboa, «quando se fez um longo percurso na compreensão de si mesmo em diálogo com a palavra dos outros, sobretudo quando o aspecto fulcral dessa busca é a procura de Deus e da Sua importância decisiva na vida humana, é espontâneo acabar por dar-se uma centralidade irrecusável à Bíblia, expressão da dramatização radical da Palavra».

A palavra da Bíblia, de acordo com o cardeal Policarpo, pretende «dizer-nos Deus e o que Deus tem para nos dizer, o que desencadeia no leitor a busca do acolhimento de Deus e descoberta da própria vida, à luz do que Deus procura dizer-nos acerca de nós e do conjunto da história da humanidade».

«Ao procurar dizer-nos Deus, apresenta-no-l’O como potência criadora, como Palavra, como Espírito de amor. Intuímos que Deus é Palavra e é amor e que a sua potência criadora se realiza através da Palavra e do amor.»

«Que Deus é Palavra, tornou-se radicalmente claro em Jesus Cristo, a Palavra feita Homem», afirma o patriarca.

fonte:Zenit.org

Cristãos e muçulmanos pedem aos governos europeus que não proíbam símbolos religiosos

Cristãos e muçulmanos pedem aos governos europeus que não proíbam símbolos religiosos

Ser cidadão e crente não é contraditório, advertem

Por Inma Álvarez

MALINAS, quinta-feira, 23 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- "Como cristãos e muçulmanos afirmamos que somos cidadãos 'e' crentes, não cidadãos 'ou' crentes. Estamos chamados a trabalhar lado a lado de forma adequada com os Estados aos quais pertencemos sem subordinar-nos a eles": assim afirma o documento final do encontro entre cristãos e muçulmanos, com o lema "Ser cidadão da Europa e pessoa de fé", que terminou hoje em Malinas (Bélgica), organizado pelo Comitê para as Relações com os Muçulmanos na Europa das Conferências de Bispos Europeus (CCEE) e pelo Conselho das Igrejas Européias (KEK).A Europa, afirma o comunicado, "está submetida a um processo de profunda transformação, e está emergindo uma sociedade plural, inter-étnica, intercultural e inter-religiosa".

Em alguns Estados, lamenta, "detecta-se um processo que está levando a relegar a religião cada vez mais à esfera privada", inclusive chegando à marginalização do espaço público, chegando à erradicação de todo tipo de manifestação pública da fé.

Diante disso, o comunicado afirma a importância do princípio de integração, que "nunca deveria envolver a renúncia a nossas identidades religiosas, como mostrar símbolos religiosos em lugares públicos, ou neutralizando as festividades religiosas pretextando que poderiam ferir a sensibilidade de outros crentes".

Por outro lado, afirma-se a importância do direito à liberdade de consciência, a mudar ou abandonar a própria religião, a mostrar e defender em público as próprias convicções religiosas sem ser ridicularizado ou intimidado por preconceitos ou estereótipos.

Outro dos pontos do comunicado se refere ao clima de entendimento desejável entre ambas comunidades, e se insiste no diálogo, que consiste mais em escutar que em falar, em aprender a curar as feridas das divisões causadas por conflitos passados, para ser "embaixadores de reconciliação".

Para isso, é necessário conhecer-se mutuamente, para o qual os participantes do encontro propõem permitir a entrada de igrejas e mesquitas a visitantes de outras comunidades, assim como encontros acadêmicos que favoreçam o conhecimento mútuo.

Também propõem a condenação de qualquer uso da violência em nome da religião, assim como formas hostis e militantes de secularismo que criam discriminação entre os cidadãos e não dão espaço às crenças e práticas religiosas.

"Nosso desejo para as gerações futuras é que vivam em harmonia e paz com suas diferenças religiosas e que trabalhem para o progresso da sociedade. O diálogo inter-religioso tem de começar a ser o clima onde as crianças e jovens aceitam o outro e suas diferenças."

Aumenta perseguição religiosa no mundo

Aumenta perseguição religiosa no mundo

Segundo o informe publicado por Ajuda à Igreja que Sofre

ROMA, quinta-feira, 23 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Aumenta no mundo a perseguição religiosa, constata um estudo publicado nesta quinta-feira contemporaneamente na Itália, Espanha, França e Alemanha. O «Informe sobre a liberdade religiosa no mundo 2008», redigido pela primeira vez em sete idiomas pela associação Ajuda à Igreja que Sofre, foi ilustrado à imprensa em Roma, por seu presidente, o Pe. Joaquín Alliende.
«Sem liberdade religiosa não há democracia nem paz no mundo», explicou o Pe. Alliende na apresentação que aconteceu na Sala de Imprensa Exterior de Roma.

O sacerdote chileno declarou que o Informe «responde a uma necessidade cada vez mais sentida pela opinião pública de conhecer a situação real dos direitos humanos em geral, e da liberdade religiosa em particular, como direito inalienável de todo ser humano».

«Este informe – disse o Pe. Alliende – se caracteriza por seu caráter não-confessional.»

Índia e Iraque, novas preocupações

O Informe constata que a situação na Índia piorou nos últimos anos, apesar de que a constituição reconheça a liberdade religiosa.

Trata-se de uma perseguição que é aproveitada e financiada por pessoas que querem ter a população no nível de escravidão, explicou na coletiva de imprensa o Pe. Bernardo Cervellera, diretor da agência Asianews.it e um dos redatores do Informe.

Dá-se o risco de que a identidade da Índia fique seriamente comprometida, evoluindo para um sistema confessional hindu, constata o informe.

O estudo analisa também a situação no Iraque: desde o final de setembro, 2 mil famílias cristãs tiveram de abandonar Mosul e se refugiaram em Nínive, por causa das perseguições, testemunhou à imprensa o jornalista Camille Eid, outro dos redatores.

A lei aprovada em setembro passado no Parlamento de Bagdá – recordou Eid – aprovou o artigo que apenas uma mínima parte garantia a liberdade religiosa dos cristãos no Iraque.

Graves limitações

Na apresentação do Informe se fez uma lista de «países nos quais se registram graves limitações à liberdade religiosa». Entre eles se encontra a China, Cuba, Coréia do Norte, Irã, Nigéria, Birmânia, Laos, Arábia Saudita, Paquistão e Sudão.

Depois se apresentou a lista de países nos quais se verificam limitações legais à liberdade religiosa, entre os quais se encontra o Afeganistão, Argélia, Bahrein, Bangladesh, Belarus, Bolívia, Egito, Eritréia, Terra Santa (Israel e os territórios palestinos) e México.

Leram depois a lista dos países nos quais se registram episódios de repressão legal (volta-se a citar a China, Cuba e Irã) e dos países nos quais se registram conflitos locais, analisados já em outras seções.

Motivos de poder

«O que se pode constatar do Informe 2008?», perguntou-se o Pe. Cervellera na coletiva de imprensa. «Um dado interessante é, sem dúvida, que as ofensas à liberdade religiosa se devem cada vez menos a causas ideológicas e cada vez mais a motivos de poder.»

Em alguns casos, como por exemplo a China, «o temor de abrir-se à liberdade de culto coincide com o temor de deixar espaços a outras liberdades».

Mais informação em http://www.ain-es.org

fonte: Zenit.org

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Bíblia, principal instrumento do diálogo ecumênico

Bíblia, principal instrumento do diálogo ecumênico
Intervenção do cardeal Walter Kaspe

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 22 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- A Bíblia é o principal instrumento do diálogo ecumênico, explicou o cardeal Walter Kasper em uma intervenção que entregou por escrito ao Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus.
O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, no resumo do texto, distribuído nesta quarta-feira pela secretaria geral da assembléia, apresenta também a meditação da Palavra de Deus, a «Lectio Divina» método ecumênico privilegiado.
«Apesar de todas as tristes divisões na história da Igreja, a Palavra de Deus, da qual se dá testemunho sobretudo na Sagrada Escritura, continua sendo uma herança comum», começa reconhecendo o purpurado alemão.
«Não há nada que una mais as igrejas e comunidades cristãs como a Bíblia», explica no texto.
«Ela é realmente o vínculo ecumênico por excelência – sublinha. Por esta razão, a Bíblia é a base do diálogo ecumênico e o principal instrumento do diálogo ecumênico, tanto em seu aspecto doutrinal como no espiritual e pastoral.»
«A Lectio Divina comum é, portanto, o método ecumênico privilegiado».
O cardeal constata que, nas últimas décadas, este diálogo deu muitos frutos positivos.
«Como cristãos, não podemos ver só os abusos. Antes temos de estar agradecidos por tudo o que o Espírito de Deus realizou para uma reconciliação dos cristãos, que não é pouco», indica.
«Estamos agradecidos por isso e fomentamos a obra ecumênica, que segundo o Concílio Vaticano II, é um impulso do Espírito e – como esperamos – o estaleiro da Igreja do futuro», concluiu.
Também se publicou nesta quarta-feira a síntese do texto escrito entregue pelo arcebispo Rade Sladojevic Fotije, de Dalmácia (Croácia), representante da Igreja Ortodoxa da Sérvia no Sínodo, que pede não limitar-se uma leitura acadêmica da Escritura. «O que é absolutamente indispensável para o mundo de hoje é a existência de autênticas testemunhas (mártires) da Sagrada Escritura, cujas vidas dêem testemunho da realidade da Sagrada Escritura.»
Citando um dos autores preferidos de Bento XVI, Santo Agostinho, afirma: «Mediante a oração falamos com Deus, mas na Sagrada Escritura Deus fala conosco».
O caráter ecumênico da Bíblia foi sublinhado por numerosos padres sinodais, assim como pelos 11 delegados fraternos que participaram da assembléia, inclusive Bartolomeu I, patriarca ecumênico de Constantinopla.
No contexto do Sínodo, as Sociedades Bíblicas Unidas (United Bible Societies - UBS), representadas pelo reverendo Archibald Miller Milloy, da qual fazem parte sobretudo comunidades surgidas da Reforma, e a Federação Bíblica Católica, assinaram um acordo de colaboração que terá um extraordinário impacto para as traduções da Bíblia e sua distribuição em geral.
O Sínodo, que neste momento está analisando as proposições que apresentará ao Papa, será encerrado por Bento XVI neste domingo.
fonte: Zenit.org

Preocupação da Santa Sé pelo êxodo dos cristãos de Mosul

Preocupação da Santa Sé pelo êxodo dos cristãos de Mosul
O porta-voz vaticano pede «mais proteção» por parte das autoridade

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 22 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O diretor da Sala de Informação do Vaticano, Pe. Federico Lombardi S.J., declarou nesta quarta-feira que a Santa Sé está «enormemente preocupada» pela violência contra os cristãos da cidade iraquiana de Mosul.
Após os ataques, ele explica que se adverte um problema de fundamentalismo islâmico, que poderá ser ainda mais grave, dada a atual situação do país.
O Pe. Lombardi, em declarações à agência Reuters, recolhidas pela «Rádio Vaticano», perguntou-se «se as autoridades iraquianas não estão em condições de defender os cristãos», ou se pelo contrário «não há suficiente vontade» de defendê-los.
A situação dos cristãos de Mosul é cada vez mais dramática. Segundo dados da organização Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), cerca de 2.300 famílias cristãs teriam fugido da cidade nos últimos dias para escapar da onda de violência anticristã, que já causou 15 mortes.
Segundo dados publicados pela «Rádio Vaticano», estima-se que poderão ficar na cidade cerca de 500 cristãos, frente aos 25 mil que integravam a comunidade cristã antes da Guerra do Golfo.
Em um comunicado do ministério iraquiano dos Direitos Humanos, informa-se que «2.275 famílias cristãs de Mosul abandonaram a cidade para fugir da violência contra sua comunidade», ainda que «o êxodo tenha cessado».
Apesar das medidas de proteção do governo, poucos cristãos se atreveram a voltar. Nos últimos dias, o bispo auxiliar da Babilônia dos Caldeus, Dom Shlemon Warduni, lançava um apelo, durante uma reunião mantida com o primeiro-ministro iraquiano, Jalal Talabani, a que as autoridades «façam algo» para que as famílias cristãs possam voltar a viver lá com segurança.
Em declarações recolhidas pelo L'Osservatore Romano, Dom Warduni criticava «o atraso com que o mundo e o governo reagiram à tragédia», um silêncio que definiu como «estrondoso».
Precisamente hoje estava prevista uma jornada de jejum e oração na igreja de Santa Maria do Sagrado Coração de Bagdá, pelas pessoas assassinadas em Mosul e por suas famílias, assim como pela paz do país. Está prevista a presença do núncio apostólico no Iraque, Dom Francis Assisi Chulikatt.

Derrota da fome é compromisso ético, assegura o Papa

Derrota da fome é compromisso ético, assegura o Papa
Em sua mensagem para o Dia Mundial da Alimentação

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 16 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O fato de que haja alimentos suficientes para a população mundial demonstra que a luta contra a fome é antes de tudo uma questão de compromisso ético, considera Bento XVI.
Assim afirma na mensagem que enviou ao diretor geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, que se celebrou nesta quinta-feira.
O Papa comenta em sua mensagem o tema escolhido neste ano para a Jornada, «A segurança alimentar mundial: os desafios da mudança climática e a bioenergia».
«Os meios e os recursos dos quais o mundo dispõe podem proporcionar uma alimentação suficiente para satisfazer as necessidades crescentes de todos», constata a missiva.
De fato, explica, «demonstram-no os primeiros resultados dos esforços aplicados para aumentar os níveis globais de produção diante da carestia registrada pelas colheitas».
O pontífice propõe, portanto, a pergunta central que a questão sugere: «Por que não é possível evitar que tantas pessoas sofram de fome até as conseqüências mais extremas?».
O Papa cita vários motivos: o consumismo, que não se detém, apesar de uma menor disponibilidade de alimentos, e que impõe reduções forçadas à capacidade alimentar das regiões mais pobres do planeta; a falta de vontade para concluir negociações e para frear os egoísmos de Estados e de grupos de países ou para acabar com essa especulação desenfreada que afeta os mecanismos dos preços e o consumo.
Outras causas da fome, segundo o bispo de Roma, são a ausência de uma administração correta de recursos alimentícios causada pela corrupção na vida pública e os investimentos crescentes em armas e tecnologias militares sofisticadas.
Estes motivos, constata o Papa, têm sua origem em um falso sentido de valores sobre os quais as relações internacionais deveriam basear-se, em particular, nessa atitude difundida na cultura contemporânea que só privilegia a aquisição de bens materiais, esquecendo da verdadeira natureza da pessoa humana e suas aspirações mais profundas.
O resultado é, infelizmente, a incapacidade de muitos para assumir as necessidades dos pobres e para compreendê-las, negando assim sua dignidade inalienável.
Por este motivo, considera o Papa, «uma campanha eficaz contra a fome exige muito mais que um simples estudo científico para aprofundar nas mudanças climáticas ou para destinar em primeiro lugar a produção agrícola à alimentação».
«É necessário, antes de tudo, redescobrir o sentido da pessoa humana, em sua dimensão individual e comunitária, a partir do fundamento da vida familiar, fonte de amor e afeto, da qual procede o sentido de solidariedade e a vontade de compartilhar», indica.
Segundo o pontífice, esta proposta responde à necessidade de construir relações entre os povos baseadas em uma disponibilidade autêntica e constante para fazer que cada país seja capaz de satisfazer as necessidades das pessoas, mas também de transmitir a idéia de relações baseadas no intercâmbio de conhecimentos recíprocos, de valores, de assistência rápida e de respeito.
Para Bento XVI, «trata-se de um compromisso pela promoção de uma justiça social efetiva nas relações entre os povos, que exige de cada um ser consciente de que os bens da Criação estão destinados a todos e de que na comunidade mundial a vida econômica deveria orientar-se a compartilhar estes bens, a seu uso duradouro e à justa distribiição dos benefícios que se derivam deles».
fonte:Zenit.org

Bíblia é palavra humana consagrada

Bíblia é palavra humana consagrada
Bispo português destaca relação entre mistério da Palavra e mistério da Eucaristia

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 16 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O bispo auxiliar do Porto, Dom António Maria Bessa Taipa, pediu na assembléia do Sínodo que se relacione o mistério da Palavra com o mistério da Eucaristia.
Ao intervir em plenário essa terça-feira, o bispo destacou que, «de fato, é na Eucaristia que a Palavra de Deus, o verbo feito Palavra, expressa toda sua força significativa e perfomartiva».
«Esse seria um caminho para ajudar a entender a Liturgia da Palavra e da Liturgia Eucarística como uma única ação litúrgica», considera.
Ao se referir ao capítulo 2 do «Instrumentum laboris» do Sínodo, onde se fala da Sagrada Escritura, o prelado afirmou que «aqui também nós poderíamos estabelecer a relação entre Sagrada Escritura, o Mistério da Bíblia e o Mistério Eucarístico».
«Se na Eucaristia temos o pão consagrado, também podemos dizer que a Bíblia é a Palavra humana consagrada.»
«Isso ajudaria a tomar a Sagrada Escritura como um livro especial, santo, humano-divino. Ajudaria a considerá-la e venerá-la em seu Mistério», disse.
O bispo recordou os critérios fundamentais para se ouvir a Palavra de Deus que se busca na Bíblia: fé, leitura assídua, estudo sério, obediência, pobreza e liberdade.
De acordo com Dom António Taipa, conviria acrescentar também a atenção ao mundo e à história; ao mundo dos homens.
«Nós ouvimos, vemos e lemos o que está acontecendo». Faz-se necessário «amar este mundo, nosso mundo, que Deus amou e ama».
Amá-lo «em suas dores e sofrimentos, em suas desilusões e angústias, na sua busca de paz e dignidade de vida», apesar de que muitas vezes tome um «caminho errôneo».
«Amá-lo também nas realizações em favor do homem e de sua dignidade de pessoa. Isso irá ajudar a abrir à Palavra o caminho para sua inserção no mundo e permitirá penetrar na inesgotabilidade de sua novidade», disse.
fonte: Zenit.org

Sínodo do «como», não do «quê»

Sínodo do «como», não do «quê»
Agora a assembléia tem de chegar a propostas concretas


Por Jesús Colina
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 16 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Após as intervenções dos padres sinodais na congregação geral, um dos auditores sintetizou um parecer compartilhado entre os presentes: no Sínodo da Palavra a questão é o «como» e não o «quê».
De fato, entre os participantes há um acordo total sobre a questão de fundo: a Palavra é muito mais que a Bíblia, é o próprio Cristo, tesouro incalculável da Igreja. Porém, como disse o ouvinte, Ricardo Grzona, agora é necessário compreender «como» fazer para que se converta em vida das pessoas.
Inclusive uma das poucas questões que provocou certa tensão nesta semana, a relação entre exegetas e teólogos, entre exegetas e bispos e entre exegetas e povo de Deus, encontrou uma resposta compartilhada: a teologia e o magistério têm necessidade dos exegetas e os exegetas têm necessidade da teologia e do magistério. A resposta está na complementaridade e na comunhão.
Nesta quinta-feira, os padres sinodais trabalharam, divididos em grupos lingüísticos, de cerca de 20 pessoas cada um, para poder apresentar propostas concretas que respondessem ao «como».
Grzona, presidente da Fundação Ramón Pané, com sede em Honduras, interveio diante da assembléia, fazendo-se porta-voz dos milhões de catequistas do mundo.
«No tema sobre a Bíblia, o ‘quê’ é muito claro. Os catequistas esperam deste Sínodo que ofereça dicas concretas para o ‘como’ levar adiante esta tarefa», afirmou Grzona, consultor católico das Sociedades Bíblicas Unidas dos Estados Unidos.
O ouvinte pediu à assembléia «algumas linhas concretas, pensando sobretudo nessa grande maioria de pessoas que vive na cultura da mídia e que cada vez lê menos».
«Notamos que na catequese se ensina mais a rezar (como recitar orações) que a orar propriamente, como resposta a Deus, que se comunica primeiro com sua Palavra», disse o consultor, cuja intervenção provocou um aplauso geral da assembléia.
«Ainda há um longo caminho a ser percorrido neste tema da oração e é mister que nossas estruturas todas, começando pela catequese ,sejam verdadeiras escolas de oração.»
Em particular, Grzona se referiu a uma das propostas mais repetidas até agora por este Sínodo, a «Lectio divina», para explicar como esta prática está sendo promovida na internet entre os jovens.
Trata-se do projeto de «Lectionautas» (http://lectionautas.com), ao qual já se uniram mais de 300 mil jovens, segundo informou.
Nesta sexta-feira está prevista a entrega das propostas dos grupos de trabalho à secretaria geral do Sínodo. Será a base, que depois será unificada e votada, para recolher os frutos que esta assembléia apresentará ao Papa.
fonte: zenit.org

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ciência // Estudo desvenda vírus da Aids

Ciência // Estudo desvenda vírus da Aids


Madri (EFE) - Para um doente crônico de Aids, abandonar a medicação significa reativar a infecção, mas novos dados sugerem que essa ação infecciosa poderia se originar a partir de um único vírus "escondido" em estado latente em alguma célula do corpo.

Apesar da eficácia dos atuais tratamentos anti-retrovirais, capazes de reduzir a carga no sangue do vírus que provoca a Aids - o HIV - até valores praticamente não detectáveis, erradicá-lo do organismo continua sendo impossível.

Combatido pelos anti-retrovirais, o HIV sobrevive "se escondendo" em algumas células do tecido linfático, do cérebro, da medula óssea ou do sangue, onde resiste protegido em uma espécie de estado inativo - conhecido como estado latente.

Sob algumas circunstâncias, entre elas abandonar a medicação, o vírus em estado latente "desperta" e origina, em poucos dias ou semanas, uma nova infecção muito ativa, com a qual o paciente recupera praticamente a carga de HIV que tinha antes de começar o tratamento.

Saber o que ocorre nessas células "refúgio" e achar o modo de identificá-las para poder, algum dia, eliminá-las e erradicar a infecção são questões fundamentais às quais a investigação pretende responder hoje, explica Günthard Huldrych, professor no Hospital Universitário de Zurique.

O estudo dirigido pelo especialista e que foi publicado ontem na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences esclarece a primeira dessas dúvidas. Durante os últimos dez anos, existiu a incógnita sobre se nessas células que se transformam em "abrigo" para o HIV, este se encontra completamente inativo ou continua se multiplicando lentamente e se propagando a outras células.
fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/10/21/mundo2_0.asp

Saúde // Mulher dá à luz seis crianças

Saúde // Mulher dá à luz seis crianças


Berlim (EFE) - Uma mulher deu à luz seis crianças em Berlim, quatro meninas e dois meninos. O nascimento dos seis bebês é o primeiro com essas características na Alemanha desde 1986. O Hospital Charité anunciou o caso ontem e informou que a saúde dos bebês é "boa e estável". Eles nasceram na quinta-feira passada, após 27 semanas de gestação, e pesam entre 800 e 900 gramas cada um. Os médicos esperam que eles deixam o hospital dentro de cinco semanas. Ainda não é possível garantir que estão fora de perigo, já que 30% dos recém-nascidos prematuros com peso inferior a 1 quilo podem desenvolver doenças pulmonares crônicas. A possibilidade de dar à luz sêxtuplos é de uma entre 4,4 bilhões e 4,7 bilhões.
fonte: Diário de Pernambuco

Crise financeira poderá eliminar 64,5 mil vagas em concursos

Crise financeira poderá eliminar 64,5 mil vagas Governo pretende enxugar gastos e montar fundo de reservas, com recursos que iriam para contratações via concursos
Luciana Otoni // Da equipe do Correio

O estouro da bolha de crédito, que provocou a quebradeira internacional de bancos e reduziu o dinheiro em circulação no mundo e no Brasil, pode ceifar 64,5 mil vagas de trabalho no governo federal. A fim de enxugar gastos e montar um fundo de reserva anticrise com montante entre R$ 7 bilhões e R$ 12 bilhões, o Ministério do Planejamento vai cancelar concursos públicos e eliminar de forma total ou parcial a programação prevista no Orçamento de 2009 de criar, no próximo ano, até 33,7 mil novos cargos e de ocupar e contratar outros 30,8 mil cargos.

Conforme consta na proposta do Orçamento de 2009 que tramita no Congresso, a criação, ocupação e admissão de até 64,5 mil funcionários no setor público federal geraria uma despesa de R$ 2,2 bilhões. Se for somado o gasto com reestruturação de carreiras não contempladas em medidas provisórias já votadas no Congresso, esse dispêndio sobe para R$ 3 bilhões.

O senador Delcídio Amaral (PT-MS), relator do projeto do Orçamento da União de 2009, recebeu a indicação do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de eliminar concursos e cargos públicos a fim de compor o cálculo do dinheiro do fundo de reserva anticrise. O relator foi orientado, também, a passar um pente-fino em todas as despesas com custeio da máquina administrativa (passagens aéreas, terceirização de pessoal, material de trabalho e equipamentos de escritório, cafezinho, entre outros).

Mais fácil - "A eliminação dos concursos e das contratações é uma forma fácil de eliminar despesas no Orçamento em um contexto de dificuldade e incerteza quanto ao desempenho da arrecadação em 2009. Como essas pessoas não foram contratadas, é menos doloroso de fazer cortes no Orçamento", acrescentou o senador.

Delcídio explicou que a eliminação total ou parcial de até 64,5 mil cargos previstos para serem criados ou ocupados no próximo ano é uma das estratégias para o governo montar o fundo de reserva anticrise. O relator informou que esse fundo deverá somar R$ 7 bilhões, R$ 10 bilhões ou R$ 12 bilhões, a depender da capacidade dos técnicos do Ministério do Planejamento e do Congresso de acertarem os cortes a serem feitos nas despesas.

"O nome é Reserva de Estabilização Fiscal e vai ser criada para que haja um fundo prevendo austeridade na gestão das contas públicas em um contexto de restrição da economia mundial", disse Delcídio. Segundo ele, a revisão dos parâmetros do Orçamento também vai ajudar a montar o fundo e delimitar o nível de cortes na área de recursos humanos.

Quando a proposta foi elaborada, em agosto, o governo considerava a possibilidade de o Brasil crescer 4,5% em 2009, projeção que terá de ser refeita diante da forte desaceleração que vai ocorrer no mundo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, e que gerará reflexos no Brasil. Além do crescimento, também estão desatualizadas e terão que ser refeitas as estimativas para inflação (4,5%) e câmbio (R$ 1,71).

fonte: Diário de Pernambuco

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Portugal: Parlamento rejeita casamento homossexual

Portugal: Parlamento rejeita casamento homossexual

LISBOA, sexta-feira, 10 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O Parlamento português rejeitou esta sexta-feira dois projetos de lei, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes”, sobre o casamento homossexual.
Em declarações à Rádio Renascença antes da votação, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, havia afirmado que o casamento entre homossexuais atenta contra a "concepção profunda da família".

A proposta do Bloco de Esquerda previa ainda a adoção de crianças por parte de casais do mesmo sexo.

O secretário da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa), pe. Manuel Morujão, havia se manifestado essa terça-feira sobre a tema da adoção.

«Devemos proteger as crianças e não propriamente pensar naqueles que desejam ter uma criança como pais adoptivos. O maior bem da criança (deve estar) sempre em primeiro lugar», disse.

FONTE:ZENIT.ORG

Primeira santa para cristãos perseguidos na Índia

Primeira santa para cristãos perseguidos na Índia

Já foram assassinadas mais de 80 pessoas

CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI canonizou neste domingo a primeira santa indiana, Afonsa da Imaculada Conceição, apresentando-a como intercessora para os cristãos do seu país, que estão experimentando uma perseguição sem precedentes.
A Irmã Afonsa (1910-1946), cujo nome era Anna Muttathupadathu, encontrou seu caminho de santidade na Congregação das Clarissas da Terceira Ordem de São Francisco, falecendo aos 35 anos.

«Suas virtudes heróicas de paciência, fortaleza e perseverança em meio a profundos sofrimentos nos recordam que Deus sempre oferece a força de que precisamos para superar toda prova», disse o Papa no final da celebração eucarística, na qual participaram cerca de 40 mil peregrinos, na Praça de São Pedro do Vaticano.

«Enquanto os fiéis da Índia dão graças a Deus por sua primeira filha apresentada à veneração pública, quero lhes garantir minhas orações durante estes momentos difíceis», acrescentou o Papa, referindo-se à perseguição que estão vivendo.

Segundo informaram os bispos indianos presentes no Sínodo, pelo menos 80 cristãos foram assassinados desde que se desencadeou a perseguição religiosa no país, particularmente no estado de Orissa.

Os ataques são organizados por fundamentalistas hindus e começaram no dia 23 de agosto, após o assassinato, no distrito de Kandhamal, de Swami Laxmanananda Saraswati, líder da organização extremista hindu Vishva Hindu Parishad (VHP).

Considera-se que o Partido Bharatiya Janata é seu braço direito. Saraswati dirigia há tempos uma campanha violenta contra as conversões ao cristianismo.

A campanha de violência provocou a destruição de dezenas de igrejas e lugares de culto, de conventos, escolhas e propriedades de cristãos.

Bento XVI confiou «ao cuidado providencial de Deus todo-poderoso todos os que lutam pela paz e pela reconciliação».

Também pediu «aos autores da violência que renunciem a estes atos e se unam aos seus irmãos e irmãs na construção de uma civilização do amor».

FONTE:ZENIT.ORG

Papa exige final da violência na Índia, Iraque e Congo

Papa exige final da violência na Índia, Iraque e Congo

Na canonização de 4 novos santos

CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI exigiu neste domingo o final da violência na Índia, no Iraque e na República Democrática do Congo. O Papa confiou aos fiéis esta intenção de oração ao concluir a missa de canonização de 4 novos santos, na presença de mais de 40 mil peregrinos, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
«Eu vos convido a rezar pela reconciliação e pela paz em algumas situações que provocaram alarme e grande sofrimento: penso nas populações do norte de Kivu, na República Democrática do Congo; penso também nas violências contra os cristãos no Iraque e na Índia, e lembro deles diariamente diante do Senhor», disse o Santo Padre.

No norte de Kivu, há violentos combates entre os rebeldes de Laurent Nkunda e o exército congolês. Organizações de direitos humanos denunciaram violências provocadas contra mulheres e crianças, enquanto a população se vê obrigada a abandonar suas casas.

No Iraque, vários cristãos foram assassinados nos últimos dias, com o objetivo de obrigar os seguidores de Jesus no país a tomar o caminho do êxodo, que milhares deles já empreenderam desde que começou o conflito armado.

Na Índia, a violência contra os cristãos, especialmente no estado de Orissa, provocou, desde o final de agosto, mais de 80 mortos, segundo denunciaram diante do Sínodo os bispos que representam esse país.

O Papa concluiu sua alocução, antes de rezar a oração do Ângelus, invocando a proteção de Maria, Rainha dos santos, «sobre as sessões de trabalho do Sínodo dos Bispos, que se encontra reunido nestes dias no Vaticano», sobre o tema da Palavra de Deus.

FONTE:ZENIT.ORG

PEDIDO DE ORAÇÃO POR AQUELES QUE ESTÃO SENDO PERSEGUIDOS POR MOTIVOS RELIGIOSOS

Amigos, estou repassando a mensgaem que recebi do amigão Roberto, dos EUA.

Por favor, ore pela igreja na Índia. Budistas extremistas queimaram 20 igrejas ontem a noite e estão planejando destruir 200 igrejas na região de Orissa hoje à noite e também matar 200 pastores nas próximas 24 horas. Os cristãos estão escondidos no mato, por favor ore e passe esta mensagem pra todos que você conhece imediatamente. Não sei se vc repassa, mas tantas correntes no orkut são repassadas, daquelas q dizem: "mande aos seus 10 melhores amigos este coração", por exemplo. Se vc passar esta mensagem a pelo menos 10 pessoas, já estará fazendo sua parte.

Ore! Clame! Chore! Nossos irmãos estão alí anunciando a graça e o amor de Jesus!
Já morreram mais de 27 adventistas. Jesus está voltando, queridos...e a perseguição aos escolhidos de Deus já começou. Não espere pra se preparar, fortaleça a sua fé! E nunca se envergonhe de mostrar de que lado vc está! Lembre-se: Deus é maior! Não se curve a nenhum outro q não seja Ele!

Atenciosamente,

Marcelo Q. Leite
Recife/PE

Iraque: cresce violência contra cristãos em Mosul

Iraque: cresce violência contra cristãos em Mosul

Autoridades regionais prometem proteção

BAGDÁ, segunda-feira, 13 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Cerca de mil famílias cristãs abandonaram a cidade iraquiana de Mosul nas últimas horas, para escapar das represálias anunciadas por extremistas islâmicos, informou Rádio Vaticano.
Os cristãos tentam escapar assim da violenta onda de crimes contra a minoria cristã de Mosul. Os eventos deixaram 11 vítimas desde 28 de setembro passado. Trata-se, segundo declarações do governador da região de Nínive, Duraid Kashmula, da investida “mais violenta contra os cristãos desde 2003”.

Kashmula aponta como responsáveis pelos crimes os simpatizantes da Al-Qaeda. Ele prometeu o envio imediato de duas brigadas da polícia nacional para defender os cristãos.

Segundo revelou a agência Asianews, em menos de uma semana, foram assassinadas nove pessoas. Veículos com alto-falantes patrulham as ruas da cidade com mensagens ameaçadoras contra os cristãos, ordenando-lhes o abandono da cidade, caso não queiram sofrer “novos ataques”.

Esta campanha para expulsar os cristãos de Mosul responderia a interesses de tipo político e econômico --segundo os testemunhos recolhidos pela agência de notícias italiana-- já que a maioria cristã poderia decidir o destino da região, dividida entre as comunidades curda e árabe.

Em declarações por telefone no dia 10 de outubro à associação Baghdadhope, o patriarca caldeu de Bagdá, Dom Shleimun Warduni, declarava que a população cristã está “angustiada com o massacre em curso contra ela” e pede a todos os cidadãos, cristãos ou não, que rezem para que a situação encerre.

O prelado pediu pessoalmente ao primeiro-ministro e às autoridades da região que façam “todo o possível para deter os assassinatos”. “A vida é um dom de Deus para todos os crentes. Derramar sangue inocente é contrário à vontade de Deus”, disse.

FONTE: ZENIT.ORG

Porta-voz vaticano pede pressão contra perseguição na Índia

Porta-voz vaticano pede pressão contra perseguição na Índia

Qualificada pelo primeiro-ministro como «vergonha nacional»

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 13 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O porta-voz da Santa Sé pediu que os governos interessados e a comunidade internacional não fique com os braços cruzados diante da perseguição que os cristãos estão sofrendo, particularmente na Índia.
O padre Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou sobre a onde de violência que assola o país, em particular no Estado de Orissa, que provocou a morte de pelo menos 80 cristãos, no último editorial de «Octava Dies», semanário produzido pelo Centro Televisivo Vaticano, do qual também é diretor.

«Os bispos indianos levantaram suas vozes em várias ocasiões, e outros fizeram o mesmo a partir do estrangeiro, por exemplo, a União Européia, para lançar às autoridades indianas questões preocupantes», informa o porta-voz.

«Parece que finalmente, ainda que com grande atraso, começam a chegar respostas e garantias de compromisso para restabelecer a calma», acrescenta.

O próprio primeiro-ministro, Manmohan Singh, reconheceu que para a índia isso é uma «vergonha nacional», «em contradição aberta com os grandes valores de não violência, tolerância e respeito das religiões que este grande país tem cultivado há séculos», recorda o padre Lomabrdi.

«Mas, certamente, há que se ter em conta que os fundamentalistas são ativos e constituem uma ameaça a partir de diferentes partes do mundo», adverte o porta-voz.

Por este motivo, conclui, «o diálogo entre as religiões, caminho longo e difícil, é um dos desafios mais cruciais de hoje e de amanhã, para que no nome de Deus se edifique sempre e só a paz».

fonte: ZENIT.ORG

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Globo maquia Ibope de "A Favorita", informa Daniel Castro

da Folha Online

Em anúncio publicado nesta quarta-feira (8), a Globo deu mais audiência à novela das oito "A Favorita", atribuindo a ela resultados dos últimos meses de "Duas Caras", sua antecessora, informa Daniel Castro.

O conteúdo completo da coluna Outro Canal está disponível apenas para assinantes do UOL e da Folha.

O anúncio tinha como título: "A Favorita": 66% de telespectadores, 100% de liderança". Uma observação, no canto da página, revelava que os dados eram do PNT (Painel Nacional de Televisão) e do segundo trimestre.

"A Favorita" estreou em 2 de junho. Naquele mês, no país todo, teve 37 pontos de audiência (cada um ponto equivale a 1% dos domicílios) e 57% de share (participação no total de televisores ligados, que foi de 65% no horário em junho). A Globo, no anúncio, se refere ao share.

Em seus dois últimos meses, "Duas Caras" teve 46 pontos e 70% de share. A média desse desempenho com o do primeiro mês de "A Favorita" dá 66%. Na média acumulada até o dia 4, "A Favorita" tinha 60%.

Segundo a Globo, "os números publicados serão sempre referentes à faixa horária do período retratado no PNT e associados ao programa que está no ar. Como esta é uma campanha de cunho comercial, os anunciantes que compraram a faixa horária da novela 3 ['Duas Caras' e 'A Favorita'] neste período [2º trimestre] efetivamente obtiveram uma média de 66%".

Leia mais

Filme de Guel Arraes ironiza TV e faz referência à Globo
Adriane Galisteu está com o pé na Band
Mulher de Silvio Santos adapta Janete Clair no SBT, informa Daniel Castro
Especial

Leia o que já foi publicado sobre "A Favorita"
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u454275.shtml

Físico não tem passaporte para receber prêmio Nobel

da France Presse

Toshihide Maskawa, um dos vencedores do Prêmio Nobel de Física anteontem, não tem passaporte para viajar a Estocolmo no final do ano. A capital sueca é palco da cerimônia oficial de premiação marcada para 10 de dezembro.

A mulher do laureado, Akiko, revelou mais. Segundo ela, Maskawa, 68, que classificou o Nobel "como uma coisa mundana", nunca sai do país e não fala inglês, a "língua franca" da ciência.

"Se quiser ir à cerimônia de entrega de prêmios, primeiro, ele terá que fazer um passaporte", disse Akiko em Kyoto (Japão).

Maskawa, ganhador do Nobel pelos estudos sobre a origem da matéria, sempre que é convidado para ir ao exterior pede ao colega Makoto Kobayashi para representá-lo. Mas em dezembro, o também físico terá que ir a Suécia para pegar seu próprio prêmio.

Ambos ganharam o Nobel, ao lado de Yoichiro Nambu, físico japonês naturalizado americano.

Leia mais

Japoneses e americanos dominam Nobel de física, química e medicina
Método de "colorir" proteínas rende Nobel de Química a japonês e norte-americanos
Japoneses e americano ganham Nobel por trabalhos em física subatômica
Trabalhos sobre HPV e HIV rendem Nobel de Medicina a alemão e franceses
Trabalho com tatus rende prêmio Ig Nobel a brasileiros
Especial

Leia o que já foi publicado sobre proteínas fluorescentes
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u454165.shtml

Brasil deu exemplo na luta contra a Aids, diz Nobel

THAÍSSA STIVANIN
colaboração para a Folha de S.Paulo, em Paris

A virologista francesa Françoise Barré-Sinoussi, 61, uma das vencedoras do Prêmio Nobel de Medicina deste ano, elogiou a política do governo brasileiro de distribuição gratuita de medicamentos contra a Aids. "Em nível internacional, as iniciativas do Brasil são louváveis. O país lutou muito para defender a utilização dos genéricos", disse a cientista.

O Brasil defende a quebra de patentes de medicamentos usados no tratamento da doença, baseando-se nas diretrizes da OMC (Organização Mundial do Comércio). "O Brasil deu o exemplo", acrescentou Barré-Sinoussi, durante uma coletiva de imprensa na sede da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em Paris.

Barré-Sinoussi divide o Nobel com seu ex-chefe, Luc Montagnier, 76, pela descoberta do HIV, em 1983.
Montagnier lembrou, no entanto, que o país possui muitos doentes "não-declarados". "A questão da prevenção e do tratamento também é cultural. Muitas pessoas não querem saber se têm o vírus e se recusam a fazer o teste. Por isso é preciso calcar os esforços em vigilância, pesquisa e prevenção."

Montagnier disse esperar que, apesar do contexto econômico desfavorável, o prêmio sensibilize governo e empresas, atraindo novos financiamentos. "Nosso trabalho não está terminado. Ainda não temos uma vacina para prevenir a infecção ou uma para lutar contra ela. Este prêmio nos encoraja a ir até o fim", afirmou.

O virologista é um defensor da vacina terapêutica, que poderia ser uma alternativa aos pacientes que desenvolvem resistência ao tratamento com drogas antirretrovirais. Ele voltou a afirmar que é possível obtê-la dentro de dois ou três anos. Isso se os testes clínicos nas fases 1 e 2, ainda não iniciados, forem bem-sucedidos.

Barré-Sinoussi, entretanto, disse à Folha que não há previsões para o lançamento de uma vacina. "Houve muitas tentativas, muitos fracassos. É preciso ter um certo distanciamento e entender a importância de retornar à pesquisa básica, que envolve virologia e genética, para entender ainda melhor o funcionamento do vírus."

Os esquecidos

Na França, a grande polêmica na atribuição do Nobel 2008 girou em torno da ausência do pesquisador Jean-Claude Chermann. Ele fazia parte da equipe de Montagnier e Barré-Sinoussi na época em que o vírus foi descoberto, no Instituto Pasteur.

Questionado sobre o assunto, Montagnier respondeu que "infelizmente só havia três vagas para o Nobel, e uma delas foi ocupada por Harald zur Hausen [alemão que descobriu a ligação entre o vírus HPV e o câncer]". "Mas este prêmio vai para toda a equipe que participou deste trabalho."

O virologista francês também colocou um ponto final na polêmica envolvendo o pesquisador americano Robert Gallo.

Durante uma década, Gallo e Montagnier brigaram juridicamente pela autoria da descoberta do HIV. Gallo teria se apropriado de amostras enviadas pelos franceses --acusação nunca comprovada.

Mas o americano teria identificado o microrganismo como causador da Aids. A história terminou com um acordo entre os governos francês e americano, em 1987, dividindo os royalties do teste anti-HIV entre os dois países. Para Montagnier, a contribuição de Gallo é inegável. "Eu mesmo liguei para o Gallo e o parabenizei", declarou. Ontem, ele foi recebido pelo presidente Nicolas Sarkozy no Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa.

Leia mais

Japoneses e americanos dominam Nobel de física, química e medicina
Método de "colorir" proteínas rende Nobel de Química a japonês e norte-americanos
Japoneses e americano ganham Nobel por trabalhos em física subatômica
Trabalhos sobre HPV e HIV rendem Nobel de Medicina a alemão e franceses
Trabalho com tatus rende prêmio Ig Nobel a brasileiros
Especial

Leia o que já foi publicado sobre proteínas fluorescentes
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u454163.shtml

Cresce venda de cigarro eletrônico no Reino Unido

da BBC

Com a proibição do fumo em bares e restaurantes no Reino Unido, fumantes britânicos encontraram uma solução para burlar a lei: o cigarro eletrônico.

O produto é considerado por muitos uma alternativa mais saudável. O cigarro eletrônico funciona com cartuchos de nicotina e é vendido há mais de um ano no Reino Unido, mas recentemente as vendas aumentaram consideravelmente.

A maioria dos cigarros eletrônicos é fabricada na China. O produto solta um vapor quente quando é inalado, e isso preocupa muitos especialistas, como Douglas Bettcher, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Este é um produto novo, que ainda não foi testado", diz Bettcher. "Não sabemos exatamente o que há dentro desses cartuchos, além de nicotina, e quais são os efeitos de aquecer essas substâncias, transformá-las em vapor e inalar esse vapor."

O diretor da Electronic Cigarette Company (empresa que fabrica os cigarros), Jason Cropper, diz que que é muito caro fazer testes clínicos.

"A maioria das empresas que vendem o produto é pequena", afirma Cropper. "Não temos recursos financeiros para fazer testes clínicos."

Leia mais

Tabaco mata 660 mil pessoas por ano nos países da União Européia
Corte Federal da Suíça anula regra que proibia fumar em locais públicos
Astros de Hollywood recebiam fortunas para fumar em filmes
Cerco contra fumo atinge turistas pelo mundo; veja leis em dez países
Temporão afirma que Lula tem consciência sobre veto ao fumo
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u453913.shtml

Primeira missão indiana à Lua parte neste mês

da Reuters, em Nova Déli

A Índia vai lançar, no dia 22 de outubro, um foguete construído localmente, na primeira missão do país à Lua, informou nesta terça-feira M. Annadurai, chefe do projeto. A missão não será tripulada.

"Caso haja algum atraso, provavelmente será por conta do tempo, caso contrário não prevejo nenhuma dificuldade técnica", disse Annadurai.

Jagadeesh Nv/Efe

Seis países, incluindo os Estados Unidos, estão diretamente envolvidos no projeto, que custará mais US$ 80 milhões
O lançamento, que era previsto para abril mas foi adiado devido a dificuldades técnicas, terá entre os dias 20 e 28 de outubro para acontecer, em uma cidade no sul da Índia.

Seis países, incluindo os Estados Unidos, estão diretamente envolvidos no projeto, que custará aproximadamente US$ 80,8 milhões.

O objeto é fazer um atlas tridimensional da Lua por meio de sensores de alta resolução, além de mapear a composição química e mineral da superfície.

Apesar do financiamento limitado, a Índia mantém um extenso programa espacial, que consiste no lançamento de veículos, satélites e centros de processamento de dados.

O país planeja enviar um astronauta ao espaço até 2014, além de uma missão tripulada à Lua em 2020. Para se preparar para isso, a Índia lançou, pela primeira vez, quatro satélites em um único foguete, em janeiro de 2007 --um deles foi trazido de volta à Terra.

Leia mais

Sonda Messenger faz sobrevôo sobre Mercúrio
Órbita da ISS é corrigida para acoplamento de nave
Nasa completa 50 anos com sonho de voltar à Lua
Meteorito pode dar "carona" a micróbio
Telescópio Hubble "trava" e faz Nasa adiar missão de reparo
Especial

Leia o que já foi publicado sobre Mercúrio
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u453568.shtml

Confiança nos EUA como líder econômico ficou "arruinada", diz Putin

da Efe, em Moscou

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira que, devido à crise financeira, a confiança nos Estados Unidos como líder da economia de mercado ficou "arruinada para sempre".

"A confiança nos EUA como líder do mundo livre e da economia de mercado, a confiança em Wall Street como centro dessa confiança está arruinada, na minha opinião, para sempre", comentou Putin durante um encontro com o líder do PCR (Partido Comunista da Rússia), Gennady Ziuganov.

Putin se mostrou convencido de que "nada voltará a ser o que era" após a crise, segundo a agência "Interfax". O premiê afirmou que esta não é somente a opinião dele. "Os líderes dos países europeus, os chefes dos bancos centrais e os ministros de finanças já falam direta ou indiretamente sobre este assunto", disse.

12.mar.2007/AP

Para Vladimir Putin, liderança dos EUA na economia está "arruinada para sempre"
Putin acusou recentemente os EUA de serem "incapazes" de tomar as medidas necessárias para frear a atual crise financeira. "Não é tanto a irresponsabilidade de funcionários, mas de um sistema, que, como sabemos, pretendia ser líder mundial", ressaltou.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, propôs semana passada à chanceler alemã, Angela Merkel, a criação de um novo sistema financeiro, no qual os EUA não exerceriam a supremacia. "Os problemas gerados pela crise financeira demonstram que a era de domínio de uma só economia e de uma só moeda ficou no passado". afirmou.

Medvedev classificou de "defeituosas" tanto as políticas quanto o modelo econômico aplicado pelos EUA nos últimos anos, pelos quais "quase todos os países pagam" atualmente.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou ontem em baixa as previsões de crescimento da economia russa para o período 2008-2009 pela segunda vez nas últimas duas semanas. Segundo as estimativas, o PIB (Produto Interno Bruto) russo crescerá 7% este ano e 5,5% em 2009.

No último dia 25, o chefe da missão do FMI em Moscou, Paul Tomsen, previu um crescimento de 7,1% para 2008 e entre 6% e 6,5% para o próximo ano. Neste ano, a capitalização do mercado russo caiu 58,95%, pois em 28 de dezembro de 2007 somava US$ 1,328 bilhão.

Leia mais

México lança plano de US$ 4,3 bi para amenizar crise
Pedidos de auxílio-desemprego caem nos EUA, mas ainda indicam níveis de recessão
Crise contamina Brasil, mas abre chance de juros caírem mais rápido, dizem analistas
"Relógio da dívida" dos EUA em Times Square ganhará mais dígitos
FMI deveria "se dissolver", diz presidente da Venezuela
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u454257.shtml

Mundo está "à beira de recessão", diz diretor do FMI

da BBC

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, disse nesta quinta-feira em Washington que o mundo está entrando em uma "recessão global" e que o sistema financeiro internacional só deve começar a se recuperar da atual crise na segunda metade de 2009.

"Nosso parecer é que o crescimento das economias avançadas será próximo de zero no ano que vem e de cerca de 3% na economia global", disse Strauss-Kahn. "Assim, estamos à beira de uma recessão global."

"Na primavera (no hemisfério norte, outono no Brasil), o FMI foi criticado por ser pessimista demais", acrescentou. "Infelizmente, fomos otimistas demais."

Strauss-Kahn também comentou o avanço da crise bancária na Europa e afirmou que os países da União Européia precisam adotar ações coordenadas em relação ao problema.

Para o diretor-gerente do FMI, qualquer ação unilateral --como as que foram anunciadas nos últimos dias por vários países do bloco-- "precisa ser evitada ou mesmo condenada".

"Faço um apelo aos países europeus para que trabalhem juntos", acrescentou. "Não há solução doméstica para uma crise como esta."

Preço para os pobres

Em outra coletiva em Washington, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou que existe o risco de a crise financeira piorar a situação dos países mais pobres, com um impacto negativo que pode nunca mais ser superado, especialmente pelas crianças dessas nações.

"Não podemos deixar que uma crise financeira se transforme e uma crise humana", disse Zoellick. "Não se pode pedir aos mais pobres que paguem o preço mais alto."

"As crianças podem sofrer as conseqüências de longo prazo dos choques econômicos de curto prazo e nunca se recuperar totalmente."

"Estimamos que mais 44 milhões de pessoas vão sofrer de desnutrição neste ano como resultado da alta dos preços dos alimentos e, para as crianças, isso significa um potencial perdido que nunca será recuperado."

As declarações de Strauss-Kahn e Zoellick foram feitas às vésperas do encontro anual do FMI e do Banco Mundial, que será realizado neste fim de semana na capital americana em meio à intensificação da crise financeira mundial.

Na quarta-feira, sete bancos centrais de todo o mundo anunciaram juntos uma redução nas taxas de juros, em uma ação coordenada para tentar frear o desaquecimento econômico.

Mercados

Depois de uma quarta-feira de intensas oscilações, as principais bolsas de valores operam com baixas nesta quinta-feira. Por volta das 12h30 (hora de Brasília), depois das coletivas de Strauss-Kahn e Zoellick, a maior queda entre os principais pregões europeus era registrada no índice Dax, da bolsa de valores de Frankfurt: 3,87%. Em Nova York, o Dow Jones recuava 1,3%.

Mas, na Rússia, os investidores viveram um dia de euforia, com o índice RTS fechando com alta de 10,9%, em um movimento de recuperação de lucros após quedas acentuadas no dia anterior.

Na Ásia, as bolsas também não tiveram uma tendência unificada no fechamento. O índice Hang Seng, de Hong Kong, encerrou com alta de 3,59% aos 15.985,39 pontos, recuperando parte da perda de quase 13% registrada em dois dias.

Na Coréia do Sul, o índice Kospi subiu 0,64%, depois que o Banco Central sul-coreano anunciou um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, para 5%.

Já em Taiwan, o recuo foi de 1,45%. Na China, o principal indicador da bolsa de Xangai, o Composite, perdeu 0,84%.

No Japão, o principal indicador da Bolsa de Tóquio, o Nikkei 225, fechou em queda de 0,5% aos 9.157,49 pontos, o menor nível em cinco anos. O índice Topix, mais amplo, encerrou em alta de 0,68%.

O Banco do Japão anunciou uma injeção de 2 trilhões de ienes (US$ 20 bilhões) para acalmar os ânimos dos mercados.

Leia mais

Comissão Européia diz que situação mundial é séria; FMI pede ação conjunta
Bush promete "ação forte" contra crise financeira nos EUA
Banco Mundial adverte sobre novas "emergências bancárias"
México lança plano de US$ 4,3 bi para amenizar crise
Confiança nos EUA como líder econômico ficou "arruinada", diz Putin
Especial

Leia a cobertura completa sobre a crise dos EUA
Leia o que já foi publicado sobre as Bolsas européias
Navegue no melhor roteiro de cultura e diversão da internet
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u454318.shtml

Lula sanciona lei que regula uso de cobaias no Brasil

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (8) a lei que regulamenta o uso de cobaias em pesquisas científicas no país --o texto foi publicado nesta quinta-feira (9) no "Diário Oficial da União". O estabelecimento dessa legislação era uma reivindicação de grande parte dos cientistas, já que até agora não havia uma norma nacional que indicasse claramente os limites da prática.

O projeto de lei sobre o assunto, conhecido como Lei Arouca, tramitou no Congresso por cerca de 13 anos, até ser aprovado pela Câmara em maio e pelo Senado em setembro deste ano.

Com a sanção de Lula, a lei promete acabar com disputas locais sobre o assunto, como aconteceu recentemente em Florianópolis e no Rio.

Controle

O texto prevê a criação do Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), que vai regulamentar o uso de animais para pesquisa e estabelecer as normas e critérios éticos.

O órgão será presidido pelo Ministro de Ciência e Tecnologia e integrado por representantes de outros ministérios e de órgãos como a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e o Cobea (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal).

Até hoje, a função de estabelecer os parâmetros para a experimentação animal ficava a cargo das comissões de ética de universidades e instituições de pesquisa. Caso esses órgãos não tivessem sido instituídos, as decisões cabiam a cada cientista individualmente.

A lei também obriga as instituições de pesquisa que quiserem utilizar cobaias a instituir um Ceua (Comissão de Ética no Uso de Animais), que vai regular a prática em cada local. Além de especialistas como médicos e biólogos, representantes de entidades protetoras dos animais também devem fazer parte desses órgãos.

Dor

Entre as normas estabelecidas também está a aplicação de analgésicos ou anestesias que aliviem o desconforto das cobaias durante os procedimentos. Caso os animais sofram "intenso sofrimento" durante a pesquisa, eles devem ser sacrificados.

A matéria estabelece que, caso as instituições de pesquisa e ensino descumpram as regras, estarão sujeitas a advertência, multa de R$ 5.000 a R$ 20 mil, interdição definitiva ou outras penalidades. No caso de profissionais infringirem as regras, a multa vai de R$ 1.000 a R$ 5.000.

O projeto enfrentou muita resistência de entidades de defesa dos animais, que chegaram a fazer um abaixo-assinado contra o texto, entregue a parlamentares em Brasília.

Leia mais

Cientista brasileiro confirma existência de água em Marte
Químicos rebatem "fórmula" para enganar o bafômetro
Farmácias estatais da Suécia começam a vender pênis de plástico
Australianos descobrem centenas de novas espécies no oceano Antártico
Pesquisadora quer pressa em 1º teste clínico com células-tronco de embrião no Brasil
Especial

Leia o que já foi publicado sobre cobaias
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u454350.shtml

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Papa inicia uma semana ininterrupta de leitura da Bíblia

Papa inicia uma semana ininterrupta de leitura da Bíblia
Quase 1.200 leitores de 50 países ao vivo pela televisão

CIDADE DO VATICANO, domingo, 5 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Com uma iniciativa sem precedentes na história, Bento XVI deu início na noite deste domingo a uma leitura de maratona da Bíblia perante as câmeras de televisão. A leitura continuará dia e noite até o próximo sábado, 11 de outubro.
Trata-se da iniciativa «Bíblia de dia e de noite» (http://www.labibbiagiornoenotte.rai.it), iniciativa lançada pela televisão pública da Itália (RAI), na qual participarão, também, cardeais e outros participantes no Sínodo dos Bispos (em particular seu secretário-geral, o arcebispo Nikola Eterovic), assim como representantes do restante das comunidades cristãs, do judaísmo e expoentes do mundo da cultura e do espetáculo.
Bento XVI em pessoa falou desta iniciativa após inaugurar o Sínodo dos Bispos sobre a Palavra, ao rezar o Ângelus junto a milhares de peregrinos congregados na praça de São Pedro, no Vaticano.
A Bíblia está sendo lida na basílica romana de Santa Cruz de Jerusalém. Os leitores serão quase 1.200, de 50 países, escolhidos com um critério ecumênico.
Chegaram através da internet pedidos de cerca de 180 mil pessoas para participar na leitura.
O Papa, que leu o primeiro capítulo do Gênesis às 9h, considerou que «este acontecimento se inscreve perfeitamente no Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus».
«Desta forma, a Palavra de Deus poderá entrar nas casas para acompanhar a vida das famílias e dos indivíduos: uma semente, que, se acolhida bem, não deixará de produzir abundantes frutos», desejou o Santo Padre.
fonte: Zenit. org

A invasão bárbara

A invasão bárbara
No ensino, ao contrário do que sempre ocorreu, o professor terá de partir partir do mundo real para o pedagógico. Isso significa que a escola começa se alimentar da inteligência coletiva que emerge da rede. Uma revolução não-televisionada, que rompe os muros da educação
Hernani Dimantas

(13/09/2008)

A palavra "bárbaro" provém do grego antigo, e significa "não grego". Era como os gregos designavam os estrangeiros e os povos cuja língua materna não era a sua. Porém, foi no Império Romano que a expressão passou a ser usada com a conotação de "não-romano" ou "incivilizado". O preconceito em relação aos povos que não compartilhavam os mesmos hábitos e costumes é natural dos habitantes dos grandes centros econômicos, sociais e culturais. Atualmente, uma das acepções da expressão "bárbaro" equivale a não civilizado, brutal ou cruel.

No uso informal, "bárbaro" também qualifica pessoas ou coisas com atributos positivos: muito bonito, ótimo, muito afável, compreensivo, uma idéia muito interessante, segundo o dicionário Houaiss.

Eu creio que ainda é uma questão civilizatória. Ou seja, o mundo está em transformação. Tudo está se modificando de forma rápida. Não seria diferente no âmbito da educação.

Uma fala importante do professor Gumercindo de Andrade, da rede pública de ensino, nos faz pensar. Ele diz, inspirado em Paulo Freire, que "o professor, hoje, não vai mais partir do pedagógico para o mundo real. Ele vai partir do mundo real para o pedagógico". Isso significa que a escola começa se alimentar da inteligência coletiva que emerge da rede. Uma revolução não-televisionada que rompe os muros da educação.

Somos estrangeiros no nosso próprio mundo. Imigrantes do conhecimento, aqueles que atingem seus objetivos com trabalho e resiliência. E é certo que venceremos
Na verdade, essa barreira já foi destruída. "Os limites que separam nossas conversações parecem o Muro de Berlim hoje, mas eles realmente são apenas uma amargura. Nós sabemos que eles cairão. Nós iremos trabalhar de ambos os lados para derrubá-los (...) As conversações em rede podem parecer confusas, podem soar confusas. Mas nós estamos nos organizando mais rápido que eles. Nós temos ferramentas melhores, novas idéias, nada de regras para nos fazer mais lentos" [1]. Independentemente de querermos ou não, a cultura de rede está rompendo as sólidas estruturas concretadas desde a modernidade. Não podemos mais explicar o mundo a partir da ótica cartesiana. Descartes não dá mais conta de atender à complexidade do caos. As relações em rede formam multidões que atuam sem controle central, na concretude de um outro paradigma. Ninguém sabe aonde essa transformação vai chegar. Mas sabemos que nada será como antes.

Relembremos Pierre Levy: "ainda que as pessoas aprendam em suas experiências profissionais e sociais, ainda que a escola e a universidade estejam perdendo progressivamente seu monopólio de criação e transmissão do conhecimento, os sistemas de ensino públicos podem ao menos dar-se por nova missão a de orientar os percursos individuais no saber e contribuir para o reconhecimento do conjunto de know-how das pessoas, inclusive os saberes não-acadêmicos. As ferramentas do ciberespaço permitem considerar amplos sistemas de testes automatizados acessíveis a todo o momento e redes de transação entre a oferta e a demanda de competência. Ao organizar a comunicação entre empregadores, indivíduos e recursos de aprendizado de todas as ordens, as universidades do futuro estariam contribuindo para a animação de uma nova economia do conhecimento". Essa é a hora de fomentar incertezas, pois incertezas trazem nas entrelinhas uma descoberta, a busca pelo aprendizado.

Isso tudo é bárbaro! Somos estrangeiros no nosso próprio mundo. Imigrantes do conhecimento. Somos aqueles que atingem seus objetivos com trabalho e resiliência. E é certo que venceremos. Somos a invasão bárbara.

Mais:
Hernani Dimantas assina, no Caderno Brasil, a coluna Sociedade em Rede. Edições anteriores:

O que é pedagógico?
A revolução que a internet promove nas relações sociais afetará radicalmente as trocas de informações e conhecimentos. Como a pegadogia está lidando com estas mudanças? De que modo se dispõe a lidar com modos de aprender e ferramentas que estão se tornando universais?


Diferentes platôs
Nossa sociedade vive em diferentes platôs. São muitas redes que se interconectam. Formam as redes de informação. O que é físico torna-se virtual e, catalisado, retorna ao físico gerando ações interligadas. O desafio é entender a rede como um movimento múltiplo

Sobre conversas e revoluções
Longe das baboseiras impostas como grandes verdades, estamos rompendo paradigmas, modificando a economia e o trabalho, mostrando que, fora do capitalismo selvagem, existe inteligência. Tem gente que acha isso utopia. A nossa utopia! Eu creio, tu crês ser realidade... só por prazer


O paradoxo do real
Somados os percursos, teremos reconstituído uma pluralidade de mundos dentro de um mesmo e único mundo. Ou como escreveu Borges: "... sentia que o mundo é um labirinto, do qual era impossível fugir, pois todos os caminhos, ainda que fingissem ir ao norte ou ao sul, iam realmente a Roma"


A era das trocas par-a-par
Na virada do século, o desenho das redes na internet passou por uma grande transformação. Ao invés da subordinados a um servidor, os computadores e seus usuários passaram a falar uns com os outros. A mudança abriria um leque de possibilidades — inclusive no terreno da Educação


A cultura hacker
Confundidos propositalmente, pelo pensamento conservador, com invasores de rede, hackers somos todos os que agimos para que informações, cultura e conhecimento circulem livremente. E esta ética de cooperação, pós-capitalista, vai transbordando do software livre para toda a sociedade


Em busca da ativação
Desenvolvido desde 2002, método simples e instigante quebra barreiras em relação às redes sociais on-line e cria, em comunidades e instituições, ambientes de colaboração e compartilhamento. Prática revela como é tênue a diferença entre a presença "virtual" e a que se dá "em carne e osso"


Caminhos da revolução digital
Apesar de dominante, o capitalismo não consegue mais sustentar a lógica de acumulação e trabalho. Seus principais alicerces — a economia, a ética burocrática e a cultura de massas — estão em crise. Com a internet florescem, em rede, novas formas de produzir riquezas, diálogos e relações sociais

O desafio do Open Social
Em nova iniciativa supreendente, o Google sugere interconectar as redes sociais como Orkut, Facebook e Ning. Proposta realça sucesso dos sistemas que promovem inteligência coletiva e convida a refletir sobre o papel da individualidade, na era da colaboração e autorias múltiplas

Multidões inteligentes e transformação do mundo
Esquecidas na era industrial, mas renascidas com a internet, as redes sociais desafiam a fusão entre o poder e o saber, permitem que colaboração e generosidade sejam lógicas naturais e podem fazer da emancipação um ato quotidiano

Por trás dos links, as pessoas
Há dois séculos, a ciência descobriu e passou a analisar as redes. Há vinte anos, elas estão revolucionando o jeito de a sociedade se relacionar consigo mesma

[1] Fonte: Manifesto Cluetrain

Para compreender a crise financeira

Mercados internacionais de crédito entraram em colapso e há risco real de uma corrida devastadora aos bancos. Por que o pacote de 700 bilhões de dólares, nos EUA, chegou tarde e é inadequado. Quais as causas da crise, e sua relação com o capitalismo financeirizado e as desigualdades. Há alternativas?
Antonio Martins

(06/10/2008)

(atualizado em 7/10, às 9h15)

Depois de terem vivido uma segunda-feira de pânico, os mercados financeiros operam, hoje, em meio a muito nervosismo. A bolsa de valores de Tóquio caiu mais 3%, apesar de o Banco do Japão injetar mais 10 bilhões de dólares no sistema bancário. Na Europa, há pequena recuperação das bolsas, diante de rumores sobre uma redução coordenada das taxas de juros, pelos bancos centrais. Em contrapartida, anunciou-se que a situação do Royal Bank os Scotland (RBJ) pode ser crítica — e que outros bancos estariam sob forte pressão.

A crise iniciada há pouco mais de um ano, no setor de empréstimos hipotecários dos Estados Unidos, viveu dois repiques, nos últimos dias. Entre 15 e 16 de setembro, a falência de grandes instituições financeiras norte-americanas [1] deixou claro que a devastação não iria ficar restrita ao setor imobiliário. No início de outubro, começou a disseminar-se a sensação de que o pacote de 700 bilhões de dólares montado pela Casa Branca para tentar o resgate produziria efeitos muito limitados. Concebido segundo a lógica dos próprios mercados (o secretário do Tesouro, Henry Paulson, é um ex-executivo-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs), o conjunto de medidas socorre com dinheiro público as instituições financeiras mais afetadas, mas não assegura que os recursos irriguem a economia, muito menos protege as famílias endividadas.

Deu-se então um colapso nos mercados bancários, que perdura até o momento. Apavoradas com a onda de falências, as instituições financeiras bloquearam a concessão de empréstimos – inclusive entre si mesmas. Este movimento, por sua vez, multiplicou a sensação de insegurança, corroendo o próprio sentido da palavra crédito, base de todo o sistema. A crise alastrou-se dos Estados Unidos para a Europa. Em dois dias, cinco importantes bancos do Velho Continente naufragaram [2].

Muito rapidamente, o terremoto financeiro começou a atingir também a chamada “economia real”. Por falta de financiamento, as vendas de veículos caíram 27% (comparadas com o ano anterior) em setembro, recuando para o nível mais baixo nos últimos 15 anos. Em 3 de outubro, a General Motors brasileira colocou em férias compulsórias os trabalhadores de duas de suas fábricas (que produzem para exportação), num sinal dos enormes riscos de contágio internacional. Diante do risco de recessão profunda, até os preços do petróleo cederam, caindo neste 6/10 a 90 dólares por barril – uma baixa de 10% em apenas uma semana. A tempestade afeta também o setor público. Ao longo da semana, os governantes de diversos condados norte-americanos mostraram-se intranqüilos diante da falta de caixa. O governador da poderosa Califórnia, Arnold Schwazenegger, anunciou em 2 de outubro que não poderia fazer frente ao pagamento de policiais e bombeiros se não obtivesse, do governo federal, um empréstimo imediato de ao menos 7 bilhões de dólares.

Desconfiados da solidez dos bancos, os correntistas podem sacar seus depósitos, o que provocaria nova onda de quebras e devastaria a confiança na própria moeda. Em tempos de globalização, seria “a mãe de todas as corridas contra os bancos”
Nos últimos dias, alastrou-se o pavor de algo nunca visto, desde 1929: desconfiados da solidez dos bancos, os correntistas poderiam sacar seus depósitos, o que provocaria nova onda de quebras e devastaria a confiança na própria moeda. Em tempos de globalização, seria “a mãe de todas as corridas contra os bancos”, segundo a descreveu o economista Nouriel Roubini, que se tornou conhecido por prever há meses, com notável precisão, todos os desdobramentos da crise atual.

Os primeiros sinais deste enorme desastre já estão visíveis. Em 2 de outubro, o Banco Central (BC) da Irlanda sentiu-se forçado a tranqüilizar o público, anunciando aumento no seguro estatal sobre 100% dos depósitos confiados a seis bancos. Na noite de domingo, foi a vez de o governo alemão tomar atitude semelhante. Mas as medidas foram tomadas de modo descoordenado, porque terminou sem resultados concretos, no fim-de-semana, uma reunião dos “quatro grandes” europeus [3], convocada pelo presidente francês, para buscar ações comuns contra a crise. Teme-se, por isso, que as iniciativas da Irlanda e Alemanha provoquem pressão contra os bancos dos demais países europeus, onde não há a mesma garantia. Além disso, suspeita-se que as autoridades estejam passando um cheque sem fundos. Na Irlanda, o valor total do seguro oferecido pelo BC equivale a mais do dobro do PIB do país...

Também neste caso, os riscos de contágio internacional são enormes. Roubini chama atenção, em especial, para as linhas de crédito no valor de quase 1 trilhão de dólares entre os bancos norte-americanos e instituições de outros países. É por meio deste canal, hoje bloqueado, que o risco de quebradeira bancária se espalha pelo mundo. Mesmo em países menos próximos do epicentro da crise, como o Brasil, as conseqüências já são sentidas. Na semana passada, o Banco Central viu-se obrigado a estimular os grandes bancos, por meio de duas resoluções sucessivas, a comprar as carteiras de crédito dos médios e pequenos – que já enfrentam dificuldades para captar recursos.

Em conseqüência de tantas tensões, as bolsas de valores da Ásia e Europa estão viveram, na segunda-feira (6/10) um dia de quedas abruptas. Na primeira sessão após a aprovação do pacote de resgate norte-americano, Tóquio perdeu 4,2% e Hong Kong, 3,4%. Quedas entre 7% e 9% ocorreram também em Londres, Paris e Frankfurt. Em Moscou, a bolsa despencou 19%. Em todos estes casos, as quedas foram puxadas pelo desabamento das ações de bancos importantes. Em São Paulo, os negócios foram interrompidos duas vezes, quando quedas drásticas acionaram as regras que mandam suspender os negócios em caso de instabilidade extrema. Apesar da intervenção do Banco Central, o dólar chegou a R$ 2,20.

Até o momento, tem prevalecido, entre os governos, uma postura um tanto curiosa: eles abandonam às pressas o discurso da excelência dos mercados, apenas para... desviar rios de dinheiro público às instituições dominantes destes mesmos mercados
A esta altura, todas as análises sérias coincidem em que não é possível prever nem a duração, nem a profundidade, nem as conseqüências da crise. Nos próximos meses, vai se abrir um período de fortes turbulências: econômicas, sociais e políticas. As montanhas de dinheiro despejadas pelos bancos centrais sepultaram, em poucas semanas, um dogma cultuado pelos teóricos neoliberais durante três décadas. Como argumentar, agora, que os mercados são capazes de se auto-regular, e que toda intervenção estatal sobre eles é contra-producente?

Mas, há uma imensa distância entre a queda do dogma e a construção de políticas de sentido inverso. Até o momento, tem prevalecido, entre os governos, uma postura um tanto curiosa: eles abandonam às pressas o discurso da excelência dos mercados, apenas para... desviar rios de dinheiro público às instituições dominantes destes mesmos mercados.

O pacote de 700 bilhões de dólares costurado pela Casa Branca é o exemplo mais acabado deste viés. Nouriel Roubini considerou-o não apenas “injusto”, mas também “ineficaz e ineficiente”. Injusto porque socializa prejuízos, oferecendo dinheiro às instituições financeiras (ao permitir que o Estado assuma seus “títulos podres”) sem assumir, em troca, parte de seu capital. Ineficaz porque, ao não oferecer ajuda às famílias endividadas — e ameaçadas de perder seus imóveis —, deixa intocada a causa do problema (o empobrecimento e perda de capacidade aquisitiva da população), atuando apenas sobre seus efeitos superficiais. Ineficiente porque nada assegura (como estão demonstrando os fatos dos últimos dias) que os bancos, recapitalizados em meio à crise, disponham-se a reabrir as torneiras de crédito que poderiam irrigar a economia. Num artigo para o Financial Times (reproduzido pela Folha de São Paulo), até mesmo o mega-investidor George Soros defendeu ponto-de-vista muito semelhantes, e chegou a desenhar as bases de um plano alternativo.

Outras análises vão além. Num texto publicado há alguns meses no Le Monde Diplomatique, o economista francês François Chesnais chama atenção para algo mais profundo por trás da financeirização e do culto à auto-suficiência dos mercados. Ele mostra que as décadas neoliberais foram marcadas por um enorme aumento na acumulação capitalista e nas desigualdades internacionais. Fenômenos como a automação, a deslocalização das empresas (para países e regiões onde os salários e direitos sociais são mais deprimidos) e a emergência da China e Índia como grandes centros produtivos rebaixaram o poder relativo de compra dos salários. O movimento aprofundou-se quando o mundo empresarial passou a ser regido pela chamada “ditadura dos acionistas”, que leva os administradores a perseguir taxas de lucros cada vez mais altas. O resultado é um enorme abismo entre a a capacidade de produção da economia e o poder de compra das sociedades. Na base da crise financeira estaria, portanto, uma crise de superprodução semelhante às que foram estudadas por Marx, no século retrasado. Ao liquidar os mecanismos de regulação dos mercados e redistribuição de renda introduzidos após a crise de 1929, o capitalismo neoliberal teria reinvocado o fantasma.

Wallerstein vê nos sistemas públicos de Saúde, Educação e Previdência algo que pode ser multiplicado, e que gera relações sociais anti-sistêmicas. Se todos tivermos direito a uma vida digna, quem se preocupará em acumular dinheiro?
Marx via nas crises financeiras os momentos dramáticos em que o proletariado reuniria forças para conquistar o poder e iniciar a construção do socialismo. Tal perspectiva parece distante, 125 anos após sua morte. A China, que se converteu na grande fábrica do mundo, é governada por um partido comunista. Mas, longe de ameaçarem o capitalismo, tanto os dirigentes quanto o proletariado chinês empenham-se em conquistar um lugar ao sol, na luta por poder e riqueza que a lógica do sistema estimula permanentemente.

Ao invés de disputar poder e riqueza com os capitalistas, não será possível desafiar sua lógica? O sociólogo Immanuel Wallerstein, uma espécie de profeta do declínio norte-americano, defendeu esta hipótese corajosamente no Fórum Social Mundial de 2003 - quando George Bush preparava-se para invadir o Iraque e muitos acreditavam na perenidade do poder imperial dos EUA. Em outro artigo, publicado recentemente no Le Monde Diplomatique Brasil, Wallerstein sugere que a crise tornará o futuro imediato turbulento e perigoso. Mas destaca que certas conquistas sociais das últimas décadas criaram uma perspectiva de democracia ampliada, algo que pode servir de inspiração para caminhar politicamente em meio às tempestades. Refere-se à noção segundo a qual os direitos sociais são um valor mais importante que os lucros e a acumulação privada de riquezas. Vê nos sistemas públicos (e, em muitos países, igualitários) de Saúde, Educação e Previdência algo que pode ser multiplicado, e que gera relações sociais anti-sistêmicas. Se a lógica da garantia universal a uma vida digna puder ser ampliada incessantemente; se todos tivermos direito, por exemplo, a viajar pelo mundo, a sermos produtores culturais independentes e a terapias (anti-)psicanalíticas, quem se preocupará em acumular dinheiro?

O neoliberalismo foi possível porque, no pós-II Guerra, certos pensadores atreveram-se a desafiar os paradigmas reinantes e a pensar uma contra-utopia. Num tempo em que o capitalismo, sob ameaça, estava disposto a fazer grandes concessões, intelectuais como o austríaco Friederich Hayek articularam, na chamada Sociedade Mont Pelerin, a reafirmação dos valores do sistema [4]. Seus objetivos parecem hoje desprezíveis, mas sua coragem foi admirável. Eles demonstraram que há espaço, em todas as épocas, para enfrentar as certezas em vigor e pensar futuros alternativos. Não será o momento de construir um novo pós-capitalismo?




[1] Em 12/9, o banco de investimentos Lehman Brothers quebrou, depois que as autoridades monetárias recusaram-se a resgatá-lo. No mesmo dia, o Merrill Lynch anunciou sua venda para o Bank of America. Em 15/9, a mega-seguradora AIG (a maior do mundo, até há alguns meses) anunciou que estava insolvente, sendo nacionalizada no dia seguinte com aporte estatal de US$ 85 bilhões

[2] O Fortis foi semi-nacionalizado pelos governos da Holanda, Bélgica e Luxemburgo. O Dexia recebeu uma injeção de 6,4 bilhões de euros, patrocinada pelos governos da França e Bélgica. O Reino Unido nacionalizou o Bradford & Bingley (especialista em hipotecas), vendendo parte de seus ativos para o espanhol Santander. O Hypo Real Estate segundo maior banco hipotecário alemão entrou numa operação de resgate cujo custo podia chegar a 50 bilhões de euros, mas cujo sucesso ainda não estava assegurado, em 5/9. A Islândia nacionalizou o Glitnir, seu terceiro maior banco

[3] Alemanha, França, Reino Unido e Itália, os membros europeus do G-8

[4] Sobre a contra-utopia hayekiana, ler, no Le Monde Diplomatique, “Pensando o Impensável” , de Serge Halimi

fonte:http://diplo.uol.com.br/2008-10,a2623
Le Monde Diplomatique/ http://diplo.wordpress.com/