sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cientistas encontram "elo perdido" dos magnetares

Cientistas encontram "elo perdido" dos magnetares
ASTROFÍSICA // Observação dos corpos celestes com campo magnético altamente potentes ocorre pela primeira vez, embora tenham sido previstos
Madri (EFE) - Cientistas espanhóis encontraram na Via Láctea um estranho objeto que poderia ser o "elo perdido" dos magnetares, um grupo de estrelas de nêutrons jovens com um campo magnético muito intenso.O estudo, realizado por pesquisadores do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, analisa o comportamento "único" do objeto encontrado, que experimentou 40 erupções detectadas na categoria visível do espectro eletromagnético.No espectro eletromagnético deles foram detectadas 40 erupções. A atividade durou apenas três dias e pôde ser observada a partir de vários observatórios astronômicos.O pesquisador Alberto Castro Tirado explicou que os magnetares pertencem à categoria de estrelas de nêutrons ou pulsares (com massa original maior que a do Sol e fruto da explosão de uma supernova) e alguns se diferenciam por seu campo magnético.Os magnetares têm um campo magnético cem vezes superior ao resto e dez trilhões a mais que o ímã que se prende na geladeira.De acordo com a enciclopédia livre Wikipédia, os magnetares são estrelas de nêutrons com alto valor de campo magnético. Possui campo magnético estimado em 1 bilhão de teslas (unidade de medida de fluxo magnético). Tem como característica principal a alta emissão de raios X e raios gama.São objetos únicos, segundo o astrofísico Alberto Castro Tirado, com os campos magnéticos mais potentes do universo, mas inativos durante décadas, daí que poucos sejam poucos conhecidos.Além disso, uma de suas erupções pode emitir tanta energia quanto o Sol ao longo de mil anos.A família das estrelas de nêutrons está incompleta e, até agora, foi possível demonstrar que no extremo mais energético estão os magnetares, objetos jovens que, em alguns casos, são detectados por suas intensas e efêmeras emissões em raios gama.Magnetares mortos - No lado oposto, foram encontradas estrelas de nêutrons isoladas, objetos muito frágeis e velhos que emitem raios X com pouca intensidade, devendo existir milhões de magnetares mortos na galáxia.Embora alguns cientistas já tenham apontado umapossível evolução dos magnetares para uma velhice tranqüila e débil, nunca havia sido detectado um objeto que pudesse se encaixar entre os dois estágios e provar assim esta evolução.O comportamento do objeto encontrado confundiu em um primeiro momento, já que as primeiras observações pareciam indicar que se tratava de uma explosão de raios gama produzida pela morte de uma estrela de uma galáxia.No entanto, depois se comprovou que o objeto não só estava perto, na Via Láctea, mas também mostrava um comportamento diferente, afirmou o cientista.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/26/mundo7_0.asp

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