terça-feira, 4 de novembro de 2008

Bento XVI: nutrir-se da Palavra é prioridade da Igreja hoje

Bento XVI: nutrir-se da Palavra é prioridade da Igreja hoje
Homilia do Papa no encerramento do Sínodo dos Bispos


Por Inma Álvarez
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 27 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI afirmou ontem, durante a homilia da Missa de encerramento da XII Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos, que a prioridade da Igreja hoje é «antes de tudo nutrir-se da Palavra de Deus, para tornar eficaz o empenho da nova evangelização».
O Papa, que concelebrou com os padres sinodais, expressou seu desejo de que as conclusões do Sínodo «sejam levadas a toda a comunidade», para que «se compreenda a necessidade de traduzir em gestos de amor a palavra escutada, porque só assim o anúncio do Evangelho se torna confiável, apesar das fragilidades humanas».
Ele insistiu em várias ocasiões na importância do vínculo entre a escuta da Palavra e a evangelização, como pontos fundamentais do testemunho dos cristãos no mundo, especialmente frente aos não-crentes.
«Muita gente está buscando, talvez sem perceber, encontrar-se com Cristo e com seu Evangelho; muitos precisam encontrar n’Ele o sentido de suas vidas. Dar testemunho claro e compartilhado de uma vida segundo a Palavra de Deus, demonstrada por Jesus, é portanto critério indispensável de verificação da missão da Igreja», afirmou.
«É necessário que os fiéis tenham amplo acesso à Sagrada Escritura, para que as pessoas, encontrando a verdade, possam crescer no amor autêntico. Trata-se de um requisito indispensável para a evangelização hoje», acrescentou.
Por outro lado, o Papa se referiu ao evangelho do dia sobre o mandato de Cristo de amor ao próximo como a si mesmo e afirmou que «a plenitude da Lei, como de todas as Escrituras divinas, é o amor».
«Quem julga ter compreendido as Escrituras, ou ao menos uma parte delas, sem empenhar-se em construir, mediante sua inteligência, o duplo amor a Deus e ao próximo, demonstra na realidade estar ainda longe de ter captado seu sentido profundo.»
Referiu-se também a outras das questões tratadas no Sínodo, como a necessidade do Magistério na hora de interpretar corretamente as Sagradas Escrituras, a liturgia como lugar fundamental de escuta da Palavra e a necessidade da formação bíblica dos sacerdotes.
«Dado que às vezes o encontro com a Escritura corre o risco de não ser «um fato» eclesial, mas é exposto ao subjetivismo e à arbitrariedade, é indispensável uma promoção pastoral robusta e confiável do conhecimento da Sagrada Escritura, para anunciar, celebrar e viver a Palavra na comunidade cristã», acrescentou.
«O lugar privilegiado onde ressoa a Palavra de Deus, que edifica à Igreja, como se disse muitas vezes no Sínodo, é sem dúvida a liturgia.»
Por outro lado, o Papa insistiu na importância dos «esforços atuais para suscitar o movimento bíblico entre os leigos», assim como «o esforço de dar a conhecer a fé através da Palavra de Deus também aos ‘afastados’ e especialmente a quem está buscando sinceramente o sentido de sua vida».
Por último, o Papa agradeceu a todos os que participaram dos trabalhos do Sínodo e teve especialmente presente os bispos da China, «que não puderam estar representados nesta Assembléia sinodal».
«Desejo fazer-me intérprete aqui, e agradecer a Deus, seu amor por Cristo, sua comunhão com a Igreja universal e sua fidelidade ao sucessor do Apóstolo Pedro. Eles estão presentes em nossa oração, junto com todos os fiéis confiados ao seu cuidado pastoral», concluiu o Papa.
fonte: Zenit.org

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