terça-feira, 14 de outubro de 2008

Iraque: cresce violência contra cristãos em Mosul

Iraque: cresce violência contra cristãos em Mosul

Autoridades regionais prometem proteção

BAGDÁ, segunda-feira, 13 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Cerca de mil famílias cristãs abandonaram a cidade iraquiana de Mosul nas últimas horas, para escapar das represálias anunciadas por extremistas islâmicos, informou Rádio Vaticano.
Os cristãos tentam escapar assim da violenta onda de crimes contra a minoria cristã de Mosul. Os eventos deixaram 11 vítimas desde 28 de setembro passado. Trata-se, segundo declarações do governador da região de Nínive, Duraid Kashmula, da investida “mais violenta contra os cristãos desde 2003”.

Kashmula aponta como responsáveis pelos crimes os simpatizantes da Al-Qaeda. Ele prometeu o envio imediato de duas brigadas da polícia nacional para defender os cristãos.

Segundo revelou a agência Asianews, em menos de uma semana, foram assassinadas nove pessoas. Veículos com alto-falantes patrulham as ruas da cidade com mensagens ameaçadoras contra os cristãos, ordenando-lhes o abandono da cidade, caso não queiram sofrer “novos ataques”.

Esta campanha para expulsar os cristãos de Mosul responderia a interesses de tipo político e econômico --segundo os testemunhos recolhidos pela agência de notícias italiana-- já que a maioria cristã poderia decidir o destino da região, dividida entre as comunidades curda e árabe.

Em declarações por telefone no dia 10 de outubro à associação Baghdadhope, o patriarca caldeu de Bagdá, Dom Shleimun Warduni, declarava que a população cristã está “angustiada com o massacre em curso contra ela” e pede a todos os cidadãos, cristãos ou não, que rezem para que a situação encerre.

O prelado pediu pessoalmente ao primeiro-ministro e às autoridades da região que façam “todo o possível para deter os assassinatos”. “A vida é um dom de Deus para todos os crentes. Derramar sangue inocente é contrário à vontade de Deus”, disse.

FONTE: ZENIT.ORG

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