terça-feira, 14 de outubro de 2008

Primeira santa para cristãos perseguidos na Índia

Primeira santa para cristãos perseguidos na Índia

Já foram assassinadas mais de 80 pessoas

CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI canonizou neste domingo a primeira santa indiana, Afonsa da Imaculada Conceição, apresentando-a como intercessora para os cristãos do seu país, que estão experimentando uma perseguição sem precedentes.
A Irmã Afonsa (1910-1946), cujo nome era Anna Muttathupadathu, encontrou seu caminho de santidade na Congregação das Clarissas da Terceira Ordem de São Francisco, falecendo aos 35 anos.

«Suas virtudes heróicas de paciência, fortaleza e perseverança em meio a profundos sofrimentos nos recordam que Deus sempre oferece a força de que precisamos para superar toda prova», disse o Papa no final da celebração eucarística, na qual participaram cerca de 40 mil peregrinos, na Praça de São Pedro do Vaticano.

«Enquanto os fiéis da Índia dão graças a Deus por sua primeira filha apresentada à veneração pública, quero lhes garantir minhas orações durante estes momentos difíceis», acrescentou o Papa, referindo-se à perseguição que estão vivendo.

Segundo informaram os bispos indianos presentes no Sínodo, pelo menos 80 cristãos foram assassinados desde que se desencadeou a perseguição religiosa no país, particularmente no estado de Orissa.

Os ataques são organizados por fundamentalistas hindus e começaram no dia 23 de agosto, após o assassinato, no distrito de Kandhamal, de Swami Laxmanananda Saraswati, líder da organização extremista hindu Vishva Hindu Parishad (VHP).

Considera-se que o Partido Bharatiya Janata é seu braço direito. Saraswati dirigia há tempos uma campanha violenta contra as conversões ao cristianismo.

A campanha de violência provocou a destruição de dezenas de igrejas e lugares de culto, de conventos, escolhas e propriedades de cristãos.

Bento XVI confiou «ao cuidado providencial de Deus todo-poderoso todos os que lutam pela paz e pela reconciliação».

Também pediu «aos autores da violência que renunciem a estes atos e se unam aos seus irmãos e irmãs na construção de uma civilização do amor».

FONTE:ZENIT.ORG

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